<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;">Em entrevista nesta quinta-feira, 14, o presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Consumidores de Energia Elétrica, Combustíveis e Telefonia, deputado Cesar Halum, do PSD de Tocantins, criticou o uso de energia nuclear pelo risco ambiental que produz.<br /> <br /> Até 2015, o Brasil colocará em funcionamento a sua terceira usina nuclear. Atualmente, Angra 1 e Angra 2 produzem energia suficiente para três milhões de pessoas. A capacidade total das três usinas chegará a pouco mais de 3400 megawatts. O governo estuda construir mais usinas nucleares, mas somente a partir de 2021.<br /> <br /> “A medida vai em contradição com a ação de muitos países mundo afora que, desde o acidente nuclear de Fukushima, estão repensando o uso de usinas nucleares”, disse Halum.<br /> <br /> Depois que um tsunami atingiu a central nuclear de Fukushima em março de 2011, os japoneses perderem a confiança nas usinas atômicas. A fonte era responsável por 30% da energia consumida pelo Japão e deve ser desativada até 2030. A Alemanha, um dos principais consumidores mundiais de energia nuclear, resolveu fechar todas as usinas até 2022 como repercussão pelo acidente.<br /> <br /> Para o presidente do grupo suprapartidário que defende os consumidores de Energia Elétrica, deputado Cesar Halum, o uso de energia nuclear é um retrocesso.<br /> <br /> "A Alemanha está fechando todas as suas energias atômicas porque está confiando na sua energia solar. Tem a energia marítima. É que acostumamos só com a hidráulica, mas ultimamente a questão ambiental está ficando prejudicada. As hidrelétricas construídas agora, olha as dificuldades que estamos tendo. Com as fontes alternativas, reduzimos essas dificuldades."<br /> <br /> Para o coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, Ricardo Baitelo, as térmicas, sejam a carvão ou nucleares, não são boas opções para a matriz elétrica brasileira.<br /> <br /> "As térmicas, qualquer tipo de térmica, principalmente nuclear, carvão são bastante consumidoras de água. Há exemplos de usinas que deixaram de operar ou usaram muito água de rio. Eólica e solar são alternativas que dependem menos de água e, com as mudanças climáticas, a gente precisa tomar isso em conta.<br /> <br /> A decisão sobre qual deve ser a matriz elétrica brasileira e a importância de energias como a térmica a carvão ou a nuclear é um debate de interesse de toda a sociedade para garantir o desenvolvimento sustentável do país. (Rádio Câmara)</span></div>