Do total de servidores, 65 podem ficar à disposição de cada deputado, mas a realidade é um pouco diferente
A maioria dos deputados estaduais tocantinenses tem mais assessores do que o permitido pela lei e, graças a um decreto editado pelos próprios parlamentares, eles não precisam ficar nos gabinetes.
Conforme apurado, 16 dos 24 deputados estão nessa situação. Os números foram revelados pela TV Anhanguera após levantamento no Portal da Transparência da AL. Mas após a reportagem, o portal entrou em manutenção e os dados não estão mais disponíveis.
Atualmente, a Assembleia tem 2.063 funcionários e são poucos os que ficam nos gabinetes dos deputados. Em 2017, a despesa com pessoal e encargos da Casa já chegou a R$ 70.861.747,95, valor que representa R$ 4 milhões a mais do que no mesmo período do ano passado, quando foram gastados R$ 66.510.679,37.
Do total de servidores, 65 podem ficar à disposição de cada deputado, mas a realidade é um pouco diferente. E esse número é mais que o dobro dos deputados federais. Em Brasília só são permitidos 25 assessores.
O deputado estadual com o maior número de nomeados é o presidente da AL, Mauro Carlesse (PHS), que possui 106 funcionários à sua disposição, sendo 75 para ajudá-lo como deputado e mais 31 para assessorá-lo como presidente.
Outro que está nesta lista é o deputado Wanderlei Barbosa (SD) que tem 77 pessoas nomeadas. Amélio Cayres (SD) também possui 75 assessores.
DEPUTADO WANDERLEI BARBOSA “Eu só tenho o número permitido pela resolução que orienta a Casa. Então, não tem como ter a mais. Se o Portal da Transparência está dizendo isso essa informação pode ser um equívoco”.
DEPUTADO AMÉLIO CAYRES “A Assembleia paga. Eu não atento a isso, eu usufruo do que a Casa me propõe a fazer”.
DEPUTADO MAURO CARLESSE "Eu não sei a quantidade exata que está me falando. Os gabinetes têm importância não só dentro do gabinete, mas em todo o Estado. Acho que não tem nada mais e nada a menos, está dentro do que permite e do que precisa".