São 604 mil unidades consumidoras nos 139 municípios do estado.
Deputados do Tocantins já ingressaram com duas ações na justiça contra o reajuste tarifário de até 8,54% na conta de luz dos consumidores da Energisa, que passou a vigorar no último sábado, dia 4 de julho.
Em ação popular protocolada na Justiça Federal nesta segunda-feira (6), o deputado federal Célio Moura (PT) afirma não ser justo penalizar ainda mais o povo tocantinense em plena crise provocada pela pandemia do coronavírus.
“É importante lançar luz ao abuso e arbitrariedade da Energisa, que além do precário serviço que vem executando (com reclamações generalizadas por parte dos consumidores), agora quer elevar em 8,54% seus lucros, em plena crise da pandemia do coronavírus. Infelizmente a Aneel aprovou o reajuste. E é contra isso que estamos lutando. Não é justo que paguemos essa conta. Esse aumento, especialmente agora, é lesivo ao nosso povo. É preciso fazer justiça ao nosso Estado e à nossa população. Não podemos aceitar mais essa sanha por lucro da empresa privada Energisa. Justiça seja feita”, dispara o parlamentar.
Na ação, o deputado cita ainda o aumento do desemprego no Estado, segundo dados do IBGE; a queda na renda do trabalhador tocantinense e a crise econômica generalizada. “Muitas pessoas estão dependendo exclusivamente do auxílio emergencial de R$ 600,00 dado pelo Governo Federal”, diz.
OUTRA AÇÃO
A outra ação foi proposta pela deputada estadual Cláudia Lelis (PV), por meio do diretório estadual do Partido Verde. Ela pede a suspensão do aumento por três meses como forma de evitar o “agravamento da situação financeira do consumidor” em meio à crise gerada pela pandemia.
A deputada estadual Vanda Monteiro (PSL) também criticou o aumento e oficiou a Energisa Tocantins pedindo a suspensão.
O aumento será de até 8,54% para consumidores residenciais. Já para as indústrias, o reajuste é de 1,79%. A Energisa atende 604 mil unidades consumidoras nos 139 municípios do estado.
A concessionária alega que a revisão tarifária periódica ocorre a cada quatro anos, em média, com o objetivo de preservar o equilíbrio econômico financeiro da concessão, bem como garantir o aumento da eficiência e da qualidade do serviço de distribuição de energia elétrica para a população.