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Urnas mandam recado em Palmas: alguns vereadores não ficaram nem como suplentes

A chapa da prefeita reeleita conseguiu eleger oito vereadores das 19 vagas.

Por Arnaldo Filho 1.175
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19/11/2020 09h53 - Atualizado há 3 anos
Alguns partidos não atingiram o quociente eleitoral para eleger um único vereador

Passadas as eleições e após muitas comemorações, agradecimentos e lamentos, impossível não observar algumas curiosidades. Em Palmas, por exemplo, o vereador e presidente da Câmara, Marilon Barbosa (DEM), irmão do vice-governador Wanderlei Barbosa, foi o mais votado na Capital (2.953). Seu companheiro de partido, Pedro Cardoso - filho de um deputado estadual - ficou em segundo lugar, com 2.925 votos.

A reflexão é que Marilon Barbosa – que tem um braço no Palácio Araguaia e outro na Prefeitura por se reeleger coligado com a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) – se fortaleceu muito e pode, também, ser reeleito à presidência da Câmara Municipal.

A base de sustentação da prefeita conseguiu eleger oito vereadores, dentre as 19 cadeiras disponíveis. Mas tem também a vereadora Laudecy Coimbra (SD), que foi reeleita na chapa de Eli Borges, mas é a líder da prefeita na Câmara de Vereadores.

Representatividade feminina e crescimento da esquerda

A representatividade feminina na Câmara de Vereadores de Palmas também merece destaque. Além da reeleição da única mulher, Laudecy Coimbra (SD), a partir de 2021, o parlamento contará com Solange Duailibe (PT), Professora Iolanda Castro (PROS) e a mulher mais votada de toda a história da Câmara, Professora Janad Valcari (PODE), que obteve 2.083 votos.

O PT renasceu no Parlamento de Palmas com a vitória de Solange. Na legislatura anterior (2016), nenhum petista havia sido eleito. Além dela, podem ser considerados ideologicamente mais à esquerda, os eleitos Joatan de Jesus e Rubens Uchôa (Cidadania, ex-PPS), além de Junior Brasão e Lacerda do Gás, ambos eleitos pelo PSB.

PV de Lelis não elegeu nenhum vereador

Na mesma linha dos recados das urnas, o PV do candidato a prefeito Marcelo Lelis, perdeu a única cadeira que possuía na Câmara da capital, já que a votação de Erivelton Santos, vereador de mandato, foi um fiasco: 700 votos. Ele não se tornou nem mesmo suplente, uma vez que o PV não atingiu o coeficiente eleitoral, nem tampouco ficou com alguma vaga na contagem da sobra dos votos.

A mesma regra se aplica ao PSC do vereador Vandim do Povo que obteve 1.093 votos, entretanto, sequer tornou-se suplente.

Distruibuição dos eleitos

Os candidatos a prefeito, portanto, conseguiram eleger vereadores na seguinte ordem: Cinthia Ribeiro: Marilon Barbosa e Pedro Cardoso (DEM), Filipe Martins, Eudes Assis e Jucelino Rodrigues (PSDB), Rogério Freitas (MDB), Waldson Salazar (Avante) e Folha Filho (Patriotas);

Professor Junior Geo (PROS) elegeu a Professora Iolanda Castro;

Eli Borges conseguiu (SD) eleger Laudecy Coimbra (SD);

Tiago Andrino (PSB) conseguiu alçar à Câmara, Joatan de Jesus e Rubens Uchôa (Cidadania), além de Junior Brasão e Lacerda do Gás (PSB);

Vanda Monteiro (PSL) elegeu seu esposo Marcio Reis (PSL);

Gil Barison (Republicanos) elegeu Daniel Nascimento do seu próprio partido;

A chapa encabeçada por Marcelo Lelis conseguiu reeleger Moisemar Marinho (PDT);

Já Vilela do PT elegeu Solange Duailibe (PT);

Alan Barbiero (PODE) conseguiu emplacar a Professora Janad Valcari, filiada a sua sigla.

Que os políticos façam suas reflexões!

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