A senadora tocantinense Kátia Abreu faz parte da comissão que vai revisar a carga tributária no Brasil e adiantou seu posicionamento contrário ao retorno da CPMF – a contribuição provisória sobre movimentações financeiras.

CPMF NUNCA MAIS

No Senado, Kátia Abreu disse que a classe trabalhadora mais pobre já foi sacrificada na reforma da previdência e não pode pagar novamente o preço com o retorno da contribuição.

“CPMF nunca mais, nem para compensar desoneração de folha [de pagamento] porque agora os trabalhadores contribuíram muito com a reforma da previdência. Vamos aqui dar a mão à palmatória. Tivemos que sacrificar a classe trabalhadora mais pobre”, afirmou a senadora.

‘É A VEZ DOS EMPRESÁRIOS’

Kátia disse que agora é a vez dos empresários darem sua parcela de contribuição, mas ressaltou que isso não significa pagar mais impostos.

“Agora é a vez dos empresários darem a sua contribuição, a sua compreensão. Não estou pedindo que os empresários paguem mais impostos. Todo mundo quer a reforma tributária, mas quando mexe no seu setor: no meu não, no meu não! Assim não teremos um Brasil próspero e avante”, finalizou.

COMISSSÃO MISTA

A Comissão Mista Temporária da Reforma Tributária vai discutir a criação do Imposto de Bens e Serviços, que unificará entre cinco e nove impostos. Esse é um ponto de consenso entre Senado e Câmara. Entre as divergências, estão o tipo de tributo, as alíquotas e a destinação.

O presidente da comissão, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), acredita na elaboração de uma proposta consensual no prazo de 45 dias. Já o senador Jaques Wagner (PT-BA) espera um acordo para a reforma tributária ser votada neste ano.