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Arnaldo Filho

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Tocantins

Eleito pela urna eletrônica várias vezes, ex-vice-governador bolsonarista diz que eleição foi 'surrupiada'

Três organizações internacionais atestaram a confiabilidade das urnas eletrônicas.

Por Arnaldo Filho 5.177
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03/11/2022 14h21 - Atualizado há 1 ano
Paulo Sidnei já foi prefeito, deputado e vice-governador

Um conhecido político do Tocantins afirmou categoricamente que as urnas foram fraudadas no 1º e 2º turnos para tirar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas não apresentou nenhuma prova. Trata-se de Paulo Sidnei Antunes, que já foi prefeito de Araguaína, deputado estadual e vice-governador do Estado duas vezes.

Em vídeo que circula nas redes sociais, Paulo Sidnei aparece discursando para bolsonaristas, nesta quarta-feira (2/11), em um ato realizado em frente ao Quartel da Polícia Militar, em Araguaína (2º BPM). O grupo pedia intervenção militar no país.

No discurso, o ex-vice-governador disse que foram contratadas três grandes empresas internacionais para fiscalizar as eleições no Brasil (dos Estados Unidos, Rússia e Alemanha).

“Estão aqui desde o primeiro turno e pouca gente sabia disso. Fizeram uma auditagem nos dois turnos das eleições. Os dois turnos foram surrupiados. Vou dar uma informação pra vocês que me passaram e espero que se confirme mais tarde, hoje. O Bolsonaro ganhou as eleições no 2º turno com 65% dos votos. O relatório dessas empresas foi entregue para o Exército e eles fizeram quatro relatórios constatando tudo no 1º e 2º turnos. Todos dois foram fraudados”, afirmou Paulo Sindei, que foi aplaudido e ovacionado várias vezes durante o discurso.

Com exceção de 1996, na eleição para prefeito de Araguaína, Paulo Sidnei sempre foi eleito pelas urnas eletrônicas e nunca questionou a confiabilidade do sistema eleitoral. Em 2009, ele e o então governador Marcelo Miranda (MDB) tiveram os mandatos cassados pelo TSE por abuso de poder político.

VÍDEO

OBSERVADORES INTERNACIONAIS

As eleições brasileiras tiveram a participação de missões de observadores internacionais, o que não é algo inédito nem novidade em países democráticos.

Mas qual o papel dos observadores internacionais? O objetivo é apenas fazer uma análise aprofundada do sistema eleitoral ou alguma questão específica. A participação dos observadores é apenas para “aperfeiçoamento do processo eleitoral”, segundo o TSE.

Em relatórios emitidos após o 2º turno das eleições, as missões da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da União Interamericana dos Órgãos Eleitorais (Uniore) afirmaram que a utilização das urnas eletrônicas no processo eleitoral revelou-se "segura, confiável e credível" e permitiu "uma contagem de votos célere".

A Uniore é uma organização composta por 30 organismos eleitorais de 23 países do continente americano.

Os observadores da OEA (Organização dos Estados Americanos) também já emitiram relatório preliminar das eleições destacando a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro e confirmaram a vitória de Lula (PT).

“Não é uma questão de validar as eleições, mas, sim, avaliar e apontar melhorias para as eleições. Missões de observadores internacionais também vão a outros países”, explicou o assessor-chefe de Assuntos Internacionais do TSE, José Gilberto Scandiucci Filho.

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