Desde a criação do Tocantins, o Palácio Araguaia sempre interferiu nas eleições municipais usando o poder da máquina pública estadual. Um costume imoral e extremamente danoso aos cofres públicos e à moralidade administrativa.

No pleito de outubro deste ano, o governador Mauro Carlesse (DEM) prometeu neutralidade do Governo do Estado, mas disse que ele, pessoalmente, terá participação ativa no processo eleitoral.

É óbvio que a diferença entre o Governo e o governador pode ser apenas semântica ou retórica se não houver uma clara distinção entre o público e o privado.  

O GOVERNO NÃO, MAS O GOVERNADOR SIM!

"Quero deixar claro que o Palácio não vai entrar em campanha. Mas o governador, sim. Com certeza teremos nossos candidatos em todos os municípios e vamos dar as mãos e mostrar para a população que o nosso projeto de reorganizar o Tocantins está sendo feito e é positivo para todos", afirmou o governador em entrevista à Gazeta do Cerrado.

CRÍTICAS DE PREFEITOS

Sobre as críticas dos prefeitos Ronaldo Dimas (Podemos) e Laurez Moreira (PSDB), de Araguaína e Gurupi, respectivamente, o governador disse que não perderá tempo com "discussões que não levam a nada".

"Está começando um ano eleitoral e alguns usam esse discurso oportunista para aparecer na mídia. Alguns desses já têm quase oito anos de mandato e só agora resolveram mostrar serviço", alfinetou Carlesse.