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Arnaldo Filho

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Líder do governo, Eduardo Gomes votou sim ao fundão eleitoral, mas Bolsonaro vai vetar

O valor destinado para campanhas eleitorais saltou para R$ 5,7 bilhões.

Por Arnaldo Filho 697
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21/07/2021 15h13 - Atualizado há 2 anos
Líder do governo votou favorável ao fundão eleitoral de R$ 5,7 bilhões

Mesmo em meio à crise provocada pela pandemia de Covid-19, o líder do governo Bolsonaro no Congressso Nacional, senador tocantinense Eduardo Gomes (MDB), votou favorável ao projeto que triplica o fundão eleitoral para as eleições de 2022. Contudo, o presidente da República já afirmou que irá vetar a proposta.

"É uma cifra enorme, que no meu entender está sendo desperdiçada, caso ela seja sancionada – posso adiantar para você que não será sancionada", criticou Bolsonaro em entrevista à TV Brasil. Antes disso, o presidente já havia declarado que com o novo valor do fundo eleitoral, seus ministros poderiam asfaltar todas as rodovias do Brasil ou levar água ao Nordeste.

O veto de Bolsonaro, porém, pode ser derrubado caso o Congresso junte maioria nas duas Casas (257 votos na Câmara dos Deputados e 41 no Senado Federal). Neste caso, Bolsonaro teria que promulgar a lei mesmo contra a própria vontade, ou deixar que o presidente ou vice do Senado o faça. 

Além de Eduardo Gomes, os outros dois senadores do Tocantins, Irajá (PSD) e Kátia Abreu (PP), também votaram a favor do aumento de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões. Apenas um representante do estado votou contra o projeto, o deputado federal Célio Moura (PT). Em valores corrigidos pela inflação, a quantia é mais que o triplo do que foi destinado às eleições de 2018 (R$ 1,8 bilhão).

O fundo eleitoral é destinado ao financiamento das campanhas políticas. Se mantido o valor de quase R$ 6 bilhões aprovado pelo Congresso, os maiores beneficiados serão o PSL e PT por terem as duas maiores bancadas de deputados e senadores. O PSL receberia R$ 567 milhões e o PT, R$ 566 milhões.

Esse fundo foi criado pelo Congresso Nacional em 2017, após o Supremo Tribunal Federal (STF) proibir, dois anos antes, doações de empresas a candidatos a cargos eletivos.

Veja como votou cada senador:

  • Eduardo Gomes (MDB) – Sim
  • Irajá (PSD) – Sim
  • Kátia Abreu – Sim

Veja como votou cada deputado:

  • Carlos Henrique Gaguim (DEM) – Sim
  • Célio Moura (PT) - Não
  • Dulce Miranda (MDB) – Sim
  • Eli Borges (SD) – Ausente
  • Osires Damaso (PSC) – Sim
  • Professora Dorinha (DEM) – Sim
  • Thiago Dimas (SD) – Sim
  • Vicentinho Júnior (PL) – Sim

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