Parlamentar também criticou a nota da Aproeto: 'agiram com inverdade'.
O deputado estadual Nilton Franco (REP) reafirmou sua insatisfação com a conduta de alguns Procuradores do Estado em relação ao debate sobre a PEC da Reforma da Previdência e implementação do subteto salarial único dos servidores. Em entrevista ao AF Notícias nesta quarta-feira (13), ele também criticou uma nota de repúdio divulgada pela Associação dos Procuradores do Estado (Aproeto) e disse que a instituição falou inverdades.
"Quando eu falo dos Procuradores, nós tivemos uma reunião e o que os procuradores falaram na reunião foi inverdade [o procurador-geral participou]. A questão da PEC do teto, ela não é inconstitucional. Todos os estados aprovaram isso. Por que só o Tocantins é inconstitucional? Só no nosso estado. Entendeu?".
Nilton enfatizou que alguns Procuradores distorceram o tema principal, adentrando em outras matérias, e reforçou uma possível falta de veracidade nas alegações. Ele criticou também a nota de repúdio da Aproeto. "Eu falei que eles agiram com inverdade e continuam agindo com inverdade. Na nota de repúdio também, agiram com inverdade. Eles distorceram o tema principal e entraram em outras matérias”.
O parlamentar argumentou que houve distorções nas informações relacionadas à inconstitucionalidade da PEC do teto e ao seu impacto financeiro. "Estamos discutindo aqui a inconstitucionalidade. É um ato inverídico, por isso que eu falei que eles estavam mentindo, e falei também na questão dos R$ 600 milhões de impacto que não existe, não dá nem R$ 100 milhões, dá 70 e poucos milhões. Aí eles plantam que é um impacto de R$ 600 milhões, e é inverdade, por isso que eu falei que eles estavam mentindo", reforçou o deputado, que também é Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).
Ao ser questionado se manteria sua posição firme, como a proferida no discurso do último dia 11, Nilton afirmou que sim. "Minha posição [em relação aos] Procuradores é a mesma, não muda não, eles não mudaram. Eles estão plantando uma coisa para o governador que não existe. Agora cabe ao governador separar o que é verdade e o que não é".
O deputado expressou preocupação com questões previdenciárias e reforçou a importância de equilibrar os interesses do Governo e dos servidores públicos na PEC da Reforma da Previdência. "Estamos tentando amenizar e fazer justiça. Para que todos saiam bem nessa situação. Hoje nós temos que ter uma preocupação com o IGEPREV, que está quebrado, porque amanhã os servidores têm que pensar também. Como é que eles vão receber as suas aposentadorias no futuro, na velhice, com o IGEPREV quebrado?".
Cuidado, Governador!
Nilton finalizou a entrevista destacando a importância de um cuidado especial por parte do governador em relação a alguns dos seus assessores mais próximos. Questionado se poderia citar nomes, o parlamentar foi direto. "São os que estão mais próximos, os procuradores que estiveram na reunião nossa, eu não sei nem o nome de todos, só sei do Procurador-Geral do Estado Kledson de Moura Lima. Então tem que ter só cuidado, cuidado mesmo, pois o Estado é nosso, o Estado é composto por todos nós que nascemos e nos criamos aqui.”
O deputado concluiu a entrevista reforçando sua condição de funcionário público [auditor fiscal da Receita Estadual]. "Hoje estou deputado, mas amanhã posso não estar mais. Agora eu vou morrer como funcionário público", concluiu.