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OPOSIÇÃO SE MOVIMENTA

Prefeito de Formoso do Araguaia deve enfrentar processo de cassação na Câmara a partir desta semana

Prefeito e vice foram alvos de operação da PF e presos em flagrante por posse ilegal de arma.

Por Eduardo Azevedo 811
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26/02/2024 08h20 - Atualizado há 2 meses
Pedido de cassação de Prefeito Heno pode ser protocolado nesta segunda (06/02)

Notícias do Tocantins - O presidente da Câmara de Formoso do Araguaia, vereador Felipe Souza, revelou em entrevista ao AF Notícias que há uma movimentação em curso para solicitar a cassação do prefeito Heno Rodrigues (PTB). O pedido de impeachment pode ser protocolado ainda nesta segunda-feira (26/2).

"Está tendo até o momento muita especulação a respeito dessa situação. A oposição que tem se posicionado no sentido de que vai oferecer essa denúncia, está aguardando só uma última análise do departamento jurídico deles para protocolar [o pedido de cassação]. Falaram que iriam protocolar na sexta (23/02), mas não foi efetivado", disse o presidente da Casa.

O AF também entrou em contato com o prefeito Heno Rodrigues para ouvi-lo a respeito das movimentações da oposição. O espaço permanece aberto.

O pedido de cassação passou a ser considerado depois que o prefeito e seu vice, Israel Borges Nunes, foram alvos de uma operação da Polícia Federal e acabaram presos em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, mas pagaram fiança e foram liberados.

A PF realizou uma operação no dia 1º de fevereiro visando apurar desvio de recursos públicos no âmbito do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE), referente a um contrato celebrado no ano de 2022 no valor de R$ 2.203.260,64. 

Durante as investigações, a Polícia Federal obteve elementos probatórios e indiciários de loteamento (divisão) das rotas de transporte escolar entre agentes públicos, que estariam utilizando de influência com empresários para obter supostas vantagens indevidas (propina), entre as quais, uma viagem à Dubai, nos Emirados Árabes. O beneficiado com o passeio internacional teria sido o prefeito Heno.

Na época, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em razão do foro privilegiado do prefeito.

Conforme a PF, os indiciados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, peculato, frustração do caráter competitivo de licitação, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva, cujas penas somadas chegam a 62 anos de reclusão. A operação foi batizada de Rota Dubai.

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