Os eleitores já sabem que muitos políticos só aparecem de 4 em 4 anos, depois somem e reaparecem novamente no momento da 'colheita' do voto. Os responsáveis por esse fenômeno, fruto de puro oportunismo eleitoral, são chamados de 'políticos bissextos'.

No Tocantins, horas depois da apuração final das urnas, candidatos eleitos e até derrotados saíram aos montes de grupos criados por eles mesmos nas redes sociais, com seus respectivos assessores, como um pastor que abandona seu rebanho.

Mas esse 'fenômeno' não surpreende nem os mais incautos eleitores. Muitos deles [eleitos e reeleitos] vão trocar de número de telefone antes mesmo da posse, em 1º de janeiro de 2019. Ainda bem que o eleitor já está cansado de saber disso!

Geralmente, mantêm o mesmo endereço e telefone apenas os candidatos que entraram na política defendendo ideias e projetos, aquele que não conseguiu atrair a atenção do eleitor justamente por não ter condições de fazer uma campanha com holofotes, estrutura, cabos eleitorais e bandeirolas, distribuição de combustível em troca de adesivar o veículo, comprando líderes e votos nas vésperas das eleições.  

É o poder econômico-financeiro fragilizando o processo democrático. Não há escolha livre e consciente, mas barganha, quase sempre.

A matemática é simples! Se um deputado estadual, por exemplo, soubesse que receberia apenas seu salário de R$ 25 mil mensal durante os quatro anos de mandato, ele jamais injetaria R$ 1 milhão na campanha.

Mas como diria um deputado federal reeleito no Tocantins que votou contra a investigação do presidente Michel Temer por corrupção, "o povo esquece isso até as eleições".

Bom dia e ótima terça-feira (9).