Direto ao Ponto

Arnaldo Filho

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Corrida ao governo

Posse de Botelho pode ser o prenúncio do destino de Dorinha se Gomes continuar inerte

Eduardo Gomes precisa entrar na campanha urgentemente ou será tarde demais.

Por Arnaldo Filho 2.490
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09/07/2022 07h48 - Atualizado há 1 ano
Lázaro Botelho assumiu vaga de deputado federal no lugar de Dorinha

A posse do suplente de deputado federal Lázaro Botelho (PP) na vaga da Professora Dorinha (UB) na Câmara dos Deputados, em Brasília, certamente não foi uma mera coincidência, necessidade política ou bondade da parlamentar.

A verdade é que Dorinha não precisava tirar licença do mandato para intensificar sua pré-campanha ao Senado Federal. Isso geralmente ocorre visando a obtenção de apoios e a construção de alianças políticas.  

Em tese, Dorinha e Botelho estão em lados opostos politicamente. A deputada sempre caminhou de forma mais independente em relação ao governo do Estado, enquanto o ex-deputado seguia ocupando cargos de confiança no Palácio Araguaia.

Com o estremecimento causado pelo senador Irajá (PSD) na relação da sua mãe com o grupo do governador Wanderlei Barbosa, o nome de Dorinha passou a ser um dos preferidos na composição da chapa palaciana como candidata a senadora. Isso não é segredo e essas negociações existem. Logo, não é absurdo imaginar que esse “acerto” com Lázaro Botelho já pode ter sido encaminhado pela cúpula política do Palácio Araguaia visando estreitar as relações políticas.

Se Dorinha sair da chapa, o fundo eleitoral vai embora junto

Caso essa negociação, antes das convenções realmente se concretize, a chapa do pré-candidato a governador Ronaldo Dimas (PL) será brutalmente atingida, uma vez que a dobradinha com Dorinha poderia lhe garantir muitos votos. Além disso, a candidata ao Senado também leva consigo um fundo partidário considerável - pertencente ao União Brasil - que deixa de entrar nos cofres da campanha de Dimas para fortalecer a candidatura palaciana.

Encontrar um nome à altura para substituí-la é tarefa para Hércules

E quem seria o provável substituto de Professora Dorinha na chapa de Dimas, continuando esse exercício hipotético?

As conversas com o MDB evoluíram e muito, mas Marcelo Miranda já disse que não topa o encargo, neste momento. Dimas cogita também o nome do deputado federal Eli Borges, do próprio PL, um parlamentar com baixa rejeição, respeitado entre a classe política e líder no meio evangélico.

Outro em condições de assumir o posto seria o ex-senador Ataídes Oliveira, que vem costurando sua pré-candidatura de forma independente e se fortalecendo com o apoio de lideranças em diversos municípios. Ele já garantiu uma forte base de apoio com centenas de vereadores, prefeitos e ex-prefeitos.

Nos bastidores, ele não nega a hipótese, mas em público, naturalmente, prefere se manifestar apenas se a candidata [Dorinha] - indicada por Eduardo Gomes - pular do barco de Dimas.

Dimas precisa de Eduardo Gomes urgentemente na campanha ou será tarde demais

O senador Eduardo Gomes está demorando demais para entrar em campo na pré-campanha de Ronaldo Dimas. Essa ausência concreta da presença de um dos líderes do governo Bolsonaro já vem sendo notada no meio político tocantinense.  

Nesta semana, Gomes anunciou que vai tirar licença do cargo para coordenar a campanha de Dimas ao governo e acertar os ponteiros com as lideranças políticas, inclusive com Dorinha. Se o senador não agir rápido, quando ele acordar já pode ser tarde demais.

A decolagem de Dimas passa pela minuciosa escolha do vice e confirmação do (a) candidato (a) ao Senado.

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