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Arnaldo Filho

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Movimentações políticas

Silêncio de Wanderlei sobre presidência da Assembleia faz surgir plano B; Cleiton Cardoso segue firme

Nos bastidores, a disputa está acirrada entre Amélio Cayres e Cleiton.

Por Arnaldo Filho 1.798
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16/12/2022 17h11 - Atualizado há 1 ano
Cleiton Cardoso, Eduardo do Dertins e Amélio Cayres, quem será o presidente da Aleto no 1º biênio?

Em se tratando de jogo e eleição, o já ganhou é primo primeiro do já perdeu. Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém. São apenas ditados populares, mas pertinentes na avaliação do cenário da próxima eleição para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Tocantins, em 1º de fevereiro de 2023.

De um lado, o deputado Amélio Cayres (Republicanos) garante ter ao menos 14 votos para a presidência do Poder Legislativo Estadual, ou seja, já estaria com a vitória garantida.

Do outro lado, o deputado Cleiton Cardoso (Republicanos), que teria a preferência do Palácio Araguaia para assumir o comando da Assembleia, porém, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) nunca se manifestou publicamente nesse sentido, mesmo em se tratando de um aliado de primeira ordem.

Para complicar, ou descomplicar, o nome do veterano Eduardo do Dertins (Cidadania), o decano da Casa de Leis, já começa a ser sondado no cenário da disputa, como plano B, uma carta na manga.  

Um deputado reeleito que está à frente das movimentações para a eleição da Mesa afirmou ao AF Notícias que Cleiton Cardoso tem 11 votos garantidos. O problema é que a conta não fecha, pois são 24 deputados. Ou alguém está jogando nos dois times!

“Meu voto é do Cleiton Cardoso. Já havia assumido esse compromisso com ele. Contando com o meu voto, podemos afirmar que são 11 votos. Esses votos são os votos da base do governador, são os votos de quem vem trabalhando junto desde a pré-eleição e que ajudaram a eleger o nosso governador”, garantiu o deputado que preferiu não se identificar.

“Na minha opinião, acho que o jogo ainda está em aberto. Mas se o governo tiver um candidato, quem ganha é ele. Ninguém tem força para enfrentar o Palácio, isso é fato”, disse o parlamentar.

Em cima do muro

Outro parlamentar ouvido pela reportagem afirmou que o governador já devia ter se posicionado ante a disputa de dois candidatos da base governista e do mesmo partido, o qual é o presidente estadual.

O silêncio do Palácio em relação à eleição da Mesa levanta a hipótese de que o único acordo feito seria a eleição de Léo Barbosa para a presidência no segundo biênio, mesmo que controversa e passível de interpelação jurídica.

“Na política você não pode ficar em cima do muro, você tem que ter lado. Acho que ele (o governador) precisa estar nessa disputa para evitar o que está acontecendo agora. Deveria ter chamado os parlamentares eleitos para uma conversa e colocado as cartas na mesa. Mas deixando solto como está, a coisa pode resultar em desconforto para algumas das partes. Mas ele (o governador), pode se neutralizar. E dizer: olha, são todos companheiros e quem construiu é que será o presidente, lavando as mãos, o que na minha opinião é um erro grave”, cravou outro deputado.

PECs

Duas Propostas de Emenda Constitucional (PECs) estão tramitando na Casa e devem ser aprovadas com facilidade. Uma delas põe fim à reeleição para cargos da Mesa sob quaisquer circunstâncias. A outra prevê a realização de eleições no mesmo dia para as duas mesas diretoras da legislatura (dois biênios).

Segundo fontes, os deputados estariam alinhados com o Palácio para eleger Léo Barbosa, filho do governador, como presidente no segundo biênio (2025/2026).

A jogada visa blindar o governo de Wanderlei Barbosa contra imprevistos e traições, a exemplo das experiências recentes dos ex-governadores Marcelo Miranda e Mauro Carlesse.

Eduardo do Dertins

Em meio ao silêncio do Palácio Araguaia e da intensa articulação de Cleiton e Amélio, outro nome surge como uma espécie de 'curinga' na disputa.

Segundo fontes ligadas ao grupo de Cleiton Cardoso, caso não haja a benção do governador e alguns parlamentares não se mantenham fieis à construção da candidatura, planejada desde a pré-campanha, os 11 estariam de acordo em apoiar o nome de Eduardo do Dertins, na tentativa de forçar um empate no placar, pois neste caso o vencedor seria o parlamentar com maior número de mandatos, que é Dertins. Enfim, são muitas conjecturas!  

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