Levantamento

Mortes por afogamento batem recorde dos últimos 6 anos; vítimas têm algo em comum

Mais de 40% das vítimas tinham ingerido bebidas alcoólicas.

Por Redação 791
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11/01/2022 14h52 - Atualizado há 2 anos
Mergulhadores do CBMTO em ação de buscas

O Corpo de Bombeiros Militar publicou, nesta segunda-feira (10), o levantamento que revela o perfil das vítimas de afogamentos fatais e das características dos locais desse tipo de ocorrência no Tocantins. Em 2021, 76 pessoas morreram em todo o estado. É o maior número em seis anos.

Uma das principais observações nos dados foi o deslocamento significativo das pessoas para locais não oficiais, sem guarda-vidas e sem sinalização, como praias, chácaras, pontos de pescas, entre outros, motivados possivelmente pelo isolamento durante a pandemia da Covid-19.

Esses locais, segundo o major Antônio Luiz Soares da Silva, comandante do 1º Batalhão, facilitam a ocorrência de afogamentos quando não são tomadas as devidas precauções de segurança.

O momento de pandemia é uma das hipóteses para o alto número de afogamentos, visto que as praias e balneários oficiais estavam fechados. E esses são locais com maior segurança e sinalização adequada. Com isso, os banhistas se deslocaram para pontos mais distantes e sem segurança”, observou o major.

Mergulhadores se preparam para realizar buscas

Os dados estatísticos foram levantados conforme cada ocorrência de afogamento, levando em conta as características do local e da vítima. No ano passado, o mês de agosto teve o maior número de afogamentos durante o ano, chegando a 10 mortes. Os meses de abril e dezembro tiveram nove ocorrências cada.

Já os meses de setembro e novembro tiveram o menor índice, com três afogamentos cada.

Também chamam a atenção nos dados detalhes como: 43% das vítimas tinham ingerido bebidas alcoólicas; 87% das vítimas eram homens; 67% das vítimas sabiam nadar; 48% dos afogamentos ocorreram em locais com correntezas; 45% em rios; entre outros.

“Observamos nas ocorrências que 35% das vítimas tinham comportamentos de risco, que aumenta consideravelmente a chance de afogamentos, como as travessias de uma margem para outra, ou para um ponto no meio do rio, nadar se afastando da margem e ainda saltar de elevações. As praias e balneários oficiais estão com sinalização alertando para esse tipo de risco”, pontua o comandante.

Miranorte

Em 2022, o Corpo de Bombeiros Militar já registrou o primeiro afogamento. O adolescente Ivan Gabriel Miranda Silva, 16 anos, saltou da ponte sobre o Rio providência, que cruza a BR-153, em Miranorte.

Ele teria nadado cerca de 500 metros, mas teria tido uma convulsão quando se preparava para sair por um barranco. Submergiu e não mais foi visto.

O caso ocorreu na sexta-feira (07) de tarde. Desde sábado (08) pela manhã equipes de bombeiros militares realizam as buscas. O local está com nível de água elevado, de correntezas fortes e com águas turvas.

Bombeiros militares em ação de mergulho buscando por vítima de afogamento

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