Um homicídio violento chocou a população de
Palmeirante (TO), no norte do Estado, nessa terça-feira (18), quando um jovem de apenas 16 anos matou o colega, de 20 anos, com golpes de facão. Contudo, o que deixou os moradores ainda mais amedrontados foi o fato de o autor do crime passar horas andando pelas ruas com o facão na cintura por falta de policiamento na cidade. Segundo apurado, não há nenhum policial militar lotado em Palmeirante. O motivo é o baixo efetivo da corporação no Estado. O socorro mais próximo vem de Colinas do Tocantins, a 80 km de distância. O vereador
Adiel Leal (PRB) relatou ao
AF que o crime ocorreu por volta das 18 horas, mas a viatura da Polícia Militar só chegou cerca de quatro horas depois, quando a perícia já estava no local.
"Os moradores correram para dentro das casas e trancaram as portas com medo", contou. A cidade possui um Destacamento policial, construído em 2005 pela prefeitura, mas está desativado.
"Este ano fizemos um apelo ao Governo do Estado e enviaram alguns policiais, mas não atendem todos os dias, pois não tem contingente suficiente para fazer o trabalho de escala", relatou. Nesta quarta-feira (19), o vereador apresentou um requerimento na sessão da Câmara Municipal convidando várias autoridades para uma audiência visando discutir soluções para a insegurança na cidade. Entre os convidados estão a promotora de justiça
Juliana da Hora, um representante da Polícia Militar, delegado de Polícia civil, prefeito do Município e associação de moradores. Outro problema que vem aumentando a criminalidade em Palmeirante diz respeito ao tráfico e consumo de drogas, principalmente na população jovem. "
Estamos preocupados com essa situação, pois há muitos jovens se envolvendo no mundo das drogas", lamentou o vereador.