Márcia Costa//AF Notícias A polêmica medida adotada pela Universidade Federal do Tocantins,
Campus de Araguaína, no sentido de implantar banheiros unissex, tem dividido opiniões e provocado debates nas redes sociais. Quem entrou na discussão foi o vereador evangélico
Aldair da Costa Sousa, o Gipão (PR). O parlamentar afirmou em sua página no
Facebook e também no
Instagram que os banheiros unissex aumentam o rico de assédio e estupro, além de representar 'um retrocesso'. Para ele, a comunidade acadêmica deveria ter sido consultada pela direção da instituição. "
Qual o pensamento da comunidade acadêmica e sociedade em geral? Sinceramente por tais meios não vejo progresso, muito pelo contrário, isso é um retrocesso, se é para evitar constrangimento", disse. Gipão segue afirmando que a liberdade das outras pessoas não é respeitada quando se dar privilégio a grupos. "
É preciso respeitar a liberdade individual de todos. A Constituição Federal foi formulada para assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, segurança e o bem estar, mas não se faz isso dando privilégio a ninguém ou mesmo fazendo concessões a grupos ou pessoas", pontuou. Para o vereador, é preciso pensar em soluções que evitem constrangimentos às mulheres. Em meio à discussão, o diretor da UFT de Araguaína, professor
José Emanuel Sanches, respondeu a postagem do vereador e o convidou a fazer uma visita na instituição. "
Vereador, quero esclarecer que a UFT têm 17 banheiros, desses apenas 3, um em cada bloco, foram identificados como unissex. Os demais são para masculino e feminino. Qualquer dúvida, faça-nos uma visita que daremos mais esclarecimentos", disse.
Uma internauta, que entrou na discussão, disse que se todos os acadêmicos tivessem sido consultados a proposta teria sido rejeitada. “
Eu também não concordo, nós queremos ter nosso espaço. Sei que se perguntar para os acadêmicos da UFT a maioria não vai aceitar. Acho que em numa universidade que já têm casos de assédio não deveria existir [banheiro unissex]”, escreveu.
“Retrocesso, inversão de valores e imposição da vontade de um grupo”, dizia outro comentário. Mas houve quem também defendeu. “
Os banheiros unissex servem para que as pessoas possam usar sem serem discriminadas pelo sexo biológico. J
á passei por isso e às vezes é humilhante ter que usar um banheiro que não corresponde ao que você deseja usar”, afirmou um internauta.
A DECISÃO A UFT informou que a implantação dos banheiros unissex é para atender a 'atender a demanda da comunidade acadêmica' e ocorre após deliberação da Direção do campus juntamente com a Comissão de Direitos Humanos da instituição, em Araguaína. Os banheiros funcionam no antigo banheiro feminino, no bloco E, e também nos antigos banheiros masculinos no bloco F e H.
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