Assassinato

Caso músico Joan Reis: Justiça afasta policiais militares das funções e manda entregar as armas

PMs foram indiciados por homicídio, ocultação de cadáver e fraude processual.

Por Redação 1.103
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01/12/2023 18h11 - Atualizado há 4 meses
Músico foi assassinado e teve o corpo jogado às margens da BR-235

Três policiais militares suspeitos de assassinar o músico Joan Braga dos Reis, 33 anos, foram presos nesta sexta-feira, 1º de dezembro, em Guaraí. O Ministério Público do Tocantins (MPTO), além de se manifestar a favor das prisões e dos mandados de busca e apreensão feitos pela Polícia Civil, obteve ainda, na Justiça, o afastamento dos supostos envolvidos das suas funções e a entrega das armas.

Joan, que era músico das bandas Resfulengo e Forró Xique Moral, saiu do Distrito de Luzimangues (Porto Nacional), no dia 19 de abril deste ano, com destino a Centenário, para visitar a família, mas em razão de sequelas de um acidente automobilístico sofrido anteriormente, teve um surto psicológico enquanto esperava transporte em Guaraí.

Ele foi visto vagando pela cidade sem noção de seus atos, entrando em carros estacionados e abertos. Em frente a um lava jato da cidade, Joan teria entrado novamente em outro veículo e causado pequenos danos ao tentar ligá-lo.

No local, Joan foi abordado por um policial militar aposentado, que acionou uma guarnição da PM, composta pelos três policiais indiciados.

Segundo as investigações, a vítima foi entregue, algemada, aos três policiais militares. Testemunhas confirmaram à Polícia Civil que Joan entrou na viatura.

Depois desse episódio, o músico desapareceu, passando a ser procurado por toda a família e amigos e pela Polícia Civil, por meio da 5ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC - Guaraí),  após o registro da ocorrência. 

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O corpo dele foi encontrado cinco dias após o desaparecimento, às margens da BR-235. O sistema de monitoramento da viatura policial e câmeras de segurança do sistema público da cidade mostraram que o carro em que os PMs estavam fez o exato percurso até o local onde o corpo de Joan foi achado.

O MPTO aponta, nos autos, que o cidadão deveria ter sido encaminhado à Delegacia de Polícia, logo após ter entrado na viatura – o que não ocorreu.

Os suspeitos disseram que deixaram a vítima em um bairro da cidade, o que não foi comprovado na investigação.

A atuação é da 1ª Promotoria de Justiça de Guaraí.

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