Ação é coordenada por grupo especializado do MPTO e forças de segurança.
Uma megaoperação foi deflagrada na manhã desta terça-feira (21/09) em seis cidades do Tocantins e nos estados do Pará e São Paulo, com o objetivo de desarticular, em nível operacional e financeiro, um núcleo criminoso da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) que atua no tráfico de drogas no Tocantins.
A Operação Collapsus é comandada pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Tocantins (Gaeco/MPTO).
Ao todo, 19 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão foram cumpridos em endereços particulares de Palmas, Redenção (PA) e Angatuba (SP) e também dentro de cinco unidades prisionais: Unidade Penal de Palmas, Paraíso e Miracema, Cariri e na Unidade Feminina da Capital. Três contas bancárias vinculadas ao núcleo foram bloqueadas, totalizando um montante na ordem de R$ 3 milhões.
A operação visa desarticular a renovação da cadeia da Cúpula do PCC no estado do Tocantins com foco nas funções de Geral do Estado, Geral do Sistema, Geral da Rifa, Geral das Caixas e Geral do Cadastro.
Nas unidades prisionais vistoriadas não foram encontradas armas, drogas nem aparelhos celulares.
VÍDEO DA OPERAÇÃO
INVESTIGAÇÕES DO GAECO
A operação é fruto de investigações que vêm sendo realizadas pelo Gaeco desde 2020, com interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça.
Conforme as investigações, o grupo é composto por pessoas que exercem funções de destaque dentro do PCC, sendo que 10 do total de 19 integrantes desempenham suas funções de dentro das unidades prisionais – alguns com alto poder de articulação junto à cúpula do PCC nacional.
Dentre os integrantes do núcleo que não se encontravam presos, sete foram capturados durante a operação desta terça-feira (21). Outros dois morreram anteriormente em confronto policial.
Por meio das investigações do Gaeco foi possível identificar os faccionados e suas funções dentro do grupo criminoso, desarticular um sequestro e um plano de atentado a integrante de uma facção rival e promover apreensões de entorpecentes em Palmas e Gurupi.
APOIO
A operação contou com colaboração de agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Grupo de Operações Penitenciárias (Gope), Grupo de Operações Táticas Especiais (Gote), Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), Inteligência do Sistema Penitenciário, 4º Batalhão da Polícia Militar e das polícias civis do Pará e de São Paulo.