Ressocialização

Detentos aprendem a fazer blocos de concreto na própria prisão e reduzem pena

Os artefatos, inicialmente, serão utilizados na melhoria da estrutura da unidade.

Por Redação 752
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15/11/2018 10h24 - Atualizado há 5 anos
60 reeducandos realizaram cursos para trabalhar na fábrica

Visando intensificar o acesso à educação, à capacitação e ao trabalho e renda, a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça do Tocantins inaugurou nesta quarta-feira (14), mais uma fábrica de artefatos e blocos de concreto na Casa de Prisão Provisória de Porto Nacional (CPP Porto).

Essa é a terceira fábrica do tipo inaugurada pela Secretaria e ainda há previsão para inauguração de mais cinco. Os artefatos, inicialmente, serão utilizados também na melhoria da estrutura da unidade prisional.

A iniciativa é uma das ações da Gerência de Reintegração Social, Trabalho e Renda do Preso e do Egresso do Sispen, juntamente com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e com recursos oriundos do governo federal, que visa à educação, a profissionalização e o trabalho aos reeducandos do regime semiaberto e egressos. Para trabalhar no atividade, 60 reeducandos realizaram curso com duração de 60 horas.

O diretor da unidade prisional, Abrão Valença, se mostrou otimista com a implantação da fábrica e declarou que vai lutar para que a ressocialização se torne cada vez mais efetiva na unidade.

“Esse tipo de projeto é valioso para a rotina da unidade, ocupa o tempo dos detentos e diminui o estresse da cadeia. Além disso, prepara o reeducando com uma profissão e oportuniza a possibilidade de remir a pena. Hoje temos mais de 50% dos detentos realizando algum tipo de trabalho de remição e queremos ampliar esse número com essa fábrica e com outros projetos que vamos implementar no futuro”, declarou.

O juiz de Direito da Comarca de Porto Nacional, Allan Martins, falou sobre o potencial de produção da fábrica e como o trabalho desenvolvido auxiliará na remição da pena dos reeducandos.

“É uma mini fábrica, mas tem uma capacidade muito grande e a produção poderá ser vendida na cidade ou utilizada nas obras públicas, e se utilizada em obras públicas podemos até pensar em uma forma de remição mais favorecida para o reeducando”, salientou o juiz.

Pagando Pena

O detento Audimar Figueira elogiou a iniciativa. “Estou muito satisfeito pelo estado ter nos dado essa oportunidade. Fiz o curso para fabricar tijolos, gostei e agora vou trabalhar para poder pagar a minha pena da melhor forma possível. E profissionalmente esse projeto vai ajudar não somente a mim, mas todos os detentos da unidade”, disse.

A inauguração contou ainda com a presença do prefeito de Porto Nacional, Joaquim Maia, entre outras autoridades estaduais e municipais.

Produção de blocos de concreto dentro da prisão

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