Investigação

Dono de clínica estética é indiciado por abusar sexualmente de paciente em Araguaína

Homem teria abusado de pacientes e funcionárias da clínica.

Por Redação 4.305
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05/04/2022 14h54 - Atualizado há 2 anos
Enfermeiro-esteticista teria abusado da paciente durante o procedimento

A 26ª Delegacia de Polícia concluiu as investigações referentes à prática dos crimes de estupro, violação sexual mediante fraude, lesão corporal gravíssima e falsa identidade supostamente cometidos por um enfermeiro-esteticista em Araguaína (TO).

Segundo a polícia, o homem praticou os crimes na clínica de estética da qual é proprietário.

Conforme a investigação, em outubro de 2021, o enfermeiro praticou abuso sexual enquanto realizava um procedimento estético em uma paciente. A vítima relatou que ficou extremamente aterrorizada com a situação, e correu para a porta do consultório, que estava trancada e sem a chave, momento em que o suspeito a agarrou por trás, mas ela conseguiu fugir.

Dias anteriores ao estupro, a vítima teria contratado um pacote de massagens que foram realizadas por uma massagista, além da aplicação de bioestimulador de aceleramento metabólico intramuscular que seria aplicado por uma funcionária da clínica. Contudo, no dia dessa aplicação, o enfermeiro afirmou que ele mesmo realizaria o procedimento.

Conforme a polícia, durante o atendimento, o suspeito teria apertado as nádegas da vítima de forma estranha e desnecessária e, ao ser questionado, afirmou que estava apenas analisando a flacidez e a possibilidade de realização de outro procedimento.

Segundo o delegado Luís Gonzaga da Silva Neto, com a conclusão do inquérito, ficou evidente que se tratava de clara violação sexual mediante fraude praticada contra a paciente, mas ela só percebeu posteriormente que estava sendo abusada sexualmente pelo dono da clínica.

Ainda segundo as investigações, um dos procedimentos gerou graves lesões no corpo da mulher e não há como corrigi-las, conforme laudo dermatológico anexado ao inquérito policial. Além disso, o enfermeiro teria se passado por uma de suas secretarias em conversas com a vítima pelo WhatsApp, .

Em depoimento, testemunhas afirmaram que a paciente está transtornada e traumatizada com o ocorrido, e que está se submetendo a tratamento psiquiátrico devido a violência sexual.

O enfermeiro foi indiciado pela prática, em tese, dos crimes de Estupro (art. 213, caput, do Código Penal), Violação Sexual Mediante Fraude (art. 215, caput, do Código Penal), Lesão Corporal Gravíssima pela Deformidade Permanente (art. 129, §2º, IV, do Código Penal) e Falsa Identidade (art. 307, do Código Penal). O caso foi enviado ao Poder Judiciário e Ministério Público para as medidas cabíveis.

Conforme o delegado, há outros casos de abusos sexuais praticados pelo indiciado e na mesma clínica envolvendo ex-funcionárias, havendo inclusive um vídeo anexado ao outro inquérito em trâmite na 26ª DP que registrou um dos abusos. A polícia investiga ainda se outras mulheres foram vítimas do enfermeiro-esteticista, inquérito este que tramita em segredo de justiça.

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