Caso Danillo Sandes

Farmacêutico contratou PMs por R$ 40 mil para executar advogado Danillo Sandes, diz MPE

Por Redação AF
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10/11/2017 18h49 - Atualizado há 5 anos
Márcia Costa // AF Notícias O Ministério Público Estadual ofereceu denúncia contra os quatro suspeitos de matar o advogado Danillo Sandes, em Araguaína, e pediu que eles sejam levados a júri popular. Danillo desapareceu no dia 25 de julho e seu corpo foi encontrado quatro dias depois, às margens da TO 222. O farmacêutico Robson Barbosa da Costa, os militares Rony Macedo Alves Paiva e João Oliveira Santos Júnior e o ex-policial Wanderson Silva de Sousa foram denunciados pelos crimes de homicídio qualificado, associação criminosa, grupo de extermínio e ocultação de cadáver. Conforme a denúncia, Robson arquitetou o crime durante um processo de ajuizamento de inventário dos bens deixados pelo pai de Robson, no valor aproximadamente R$ 7 milhões. Tudo começou após uma discussão entre os herdeiros. Robson, para se beneficiar, teria tentado sonegar bens e valores no processo, mas seu advogado, Danillo Sandes, teria se recusado a agir desta forma e optou por renunciar a caso. Por ficar pendentes “honorários advocatícios”, Danillo entrou com uma medida judicial, e conseguiu autorização para vender uma carreta que estava sendo usada pelo farmacêutico, o que gerava uma boa renda a ele. Sem a carreta, Robson foi obrigado a voltar para o trabalho antigo. Segundo as investigações, o farmacêutico quis vingança e resolveu contratar o pistoleiro e integrante de um grupo de extermínio, Rony Macedo Alves Paiva pelo valor de R$ 40.000,00 e deu 'carta branca' para acionar os demais militares e executar a vítima. O pagamento foi dividido em duas vezes, a segunda parcela seria paga após a realização do serviço. EMBOSCADA  O grupo de extermínio planejou e simulou um inventário com um valor total de R$ 800.000,00, fora os bens imóveis e gado, na região de Filadélfia (TO), e então entrou em contato com o advogado para estar à frente da causa. Wanderson chegou a se dirigir até o escritório da vítima Danillo para apresentar “a causa” ao advogado. No dia 25 de julho, o advogado recebeu uma ligação de Wanderson, onde combinaram que iriam até a cidade de Filadélfia para tratar do assunto. Dentro do veículo, estavam os dois policiais militares, que receberam ordens do pistoleiro Rony Macedo, que mesmo em Marabá, orientou os detalhes da execução. No caminho, o advogado foi assassinado com dois tiros. O corpo foi escondido em uma fazenda, às margens da rodovia. Após o serviço feito, o farmacêutico pagou o restante do valor contratado para o serviço. O farmacêutico Robson, que se encontra preso na Casa de Prisão Provisória de Araguaína, foi denunciado por associação criminosa e posse ilegal de arma de fogo, devido o arsenal de armas encontrado em sua residência. Os policiais militares, Wanderson Silva de Sousa, Rony Macedo Alves Paiva e João Oliveira Santos Júnior, presos em Palmas, foram denunciados pelos crimes de associação criminosa, grupo de extermínio e ocultação de cadáver.

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