A Polícia Civil do Tocantins alertou a população de todos os municípios do Estado quanto aos perigos do golpe do 'falso protesto', que tem feito inúmeras vítimas no Brasil e também no Tocantins. Conforme o delegado
Evaldo de Oliveira Gomes, criminosos se aproveitam da falta de conhecimento de muitas pessoas sobre cobrança de dívidas e aplicam o golpe. “
Eles afirmam que a empresa, ou mesmo pessoa física, está com o nome 'sujo na praça' e que, por isso, deve ser feito o depósito ou transferência de determinadas quantias em dinheiro na conta de golpistas”, alertou. Ainda de acordo com o delegado, o esquema funciona da seguinte maneira: uma pessoa telefona para a vítima se passando por um funcionário de uma empresa de cobranças, informando que existe uma dívida prestes a ser protestada e que se a quantia exigida não for pagada, o débito poderá ser executado judicialmente, o que poderia acarretar também na penhora dos bens da vítima.
"Sem saber que se trata de um golpe, muitas vezes a vítima acaba realizando a transferência ou efetuando depósito de valores para a conta bancária dos golpistas”, pontuou o delegado.
EMPRESAS NA MIRA O golpe do "falso protesto" também atinge empresas, pois um golpista telefona para os estabelecimentos afirmando que existe um título com vencimento próximo ou até mesmo no mesmo dia. Durante a ação criminosa, o golpista fornece o número de um cartório para que a pessoa entre em contato e se informe melhor sobre o credor da dívida.
“Acontece que, na maioria das vezes, o número de telefone fornecido é de um comparsa, que por sua vez, disponibiliza o número do suposto credor e aconselha a vítima quanto aos procedimentos que a mesma deve fazer para quitar a dívida. No entanto, ao fazer a ligação para o número indicado, a pessoa entra em contato com mais um integrante da quadrilha, o qual exige, de forma imediata, um depósito ou transferência bancária de certa quantia em dinheiro, a fim de evitar o protesto”, disse o delegado
Evaldo de Oliveira. COMO EVITAR De acordo com o delegado, cartórios de protesto não utilizam telefone ou e-mail para entrar em contato com os devedores a fim de alertar sobre eventuais pendências e, nem tão pouco, as cobranças são emitidas por correspondência ou via online. "
O pagamento dos títulos protestados só pode ser realizado de forma direta com o credor ou, pessoalmente no cartório, por meio de boleto entregue em mãos ao devedor”, ressaltou. O delegado esclarece ainda que a vítima deve anotar todos os dados relativos à tentativa de golpe, tais como; números de telefone e e-mails, para que a tentativa ou a fraude já consumada seja registrada o mais rapidamente em uma das delegacias do Estado, para que a Polícia Civil possa dar início às investigações e identificar os golpistas.