Violação aos direitos humanos

Grávida de oito meses presa na Cadeia de Babaçulândia não fez pré-natal e pode dar à luz na prisão

Por Redação AF
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27/02/2016 08h04 - Atualizado há 5 anos
Fernando Almeida //Araguaina Notícias Uma mulher no oitavo mês de gravidez encontra-se presa na Cadeia Feminina de Babaçulândia (TO) desde outubro do ano passado, sem fazer nenhuma consulta do pré-natal.   O caso, de acordo a Defensoria Pública de Araguaína, viola os direitos humanos.  E por esta razão, o órgão já solicitou à Justiça que a coloque em prisão domiciliar. S.L.S, foi presa em Araguaína no dia 19 de outubro de 2015, quando estava com quatro meses de gravidez. Ela foi levada para a cadeia de Babaçulândia (TO), a 60 km de Araguaína, onde se encontra recolhida, aguardando o julgamento. Desde então ela não teve acompanhamento médico e, caso a Justiça não decida logo, a criança pode nascer na prisão. A previsão é que o parto ocorra no final de março. Em ofício encaminhado à Justiça de Araguaína, a direção do presídio feminino de Babaçulândia pede que sejam tomadas providências com urgência. O documento relata que no município de Babaçulândia não há maternidade, local apropriado ou ao menos profissionais para fazer o parto. Em documento enviado à Justiça na última quinta-feira (25), o defensor público Sandro Ferreira Pinto suplica ao juiz que autorize a grávida a cumprir prisão domiciliar em Araguaína.  Ele considera essa medida a mais adequada para o caso. O defensor argumenta ainda que a direção do presídio de Babaçulândia "clamou por socorro" e por isso "suplica ao juiz  que não perdure o risco e a tamanha violência contra quem ainda não nasceu". "Qualquer mal que venha a acontecer, ou mesmo o nascimento em local impróprio, serão responsabilidade estatal", alerta.

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