Operação

Grupo preso no Tocantins faturava milhões pela internet e esbanjava muito luxo

Por Agnaldo Araujo
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08/05/2018 14h46 - Atualizado há 5 anos
A operação 'Ostentação' foi deflagrada na manhã desta terça-feira (08) com o objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado no furto de valores de contas bancárias de terceiros, por meio da internet. Segundo informações da Polícia Civil do Tocantins, Leandro Xavier Magalhães Fernandes figurava como líder da organização, utilizando o dinheiro proveniente de fraudes em contas bancárias online de clientes para pagamento de boletos e, especialmente, para envio a empresas administradoras de bitcoins. Além disso, Leandro transferia para Luiz Augusto Magalhães Fernandes e, em Palmas, para Nilce Maria de Abreu Tavares, Reginaldo Alves de Carvalho Filho e, sua noiva, Danúzia Grasiela Sousa e Silva, grande parte dos valores furtados pela internet (cerca de 5 milhões de reais), que serviam para a aquisição, além de outros, de veículos de luxo, como forma de lavagem de dinheiro. A investigação foi iniciada após a identificação de que clientes bancários de 23 Estados do país tiveram suas contas invadidas, com valores furtados e utilizados em transações ilícitas, como pagamentos e transferências em nomes de terceiros, em especial relacionados a boletos de tributos, a exemplo de ICMS e IPVA. Em poucos meses, estima-se um prejuízo de aproximadamente R$ 1 milhão à instituição bancária, havendo indícios de que os investigados movimentavam valores que podem superar a casa dos R$ 10 milhões, considerando-se os altos valores transacionados em bitcoins. Os crimes eram praticados por meio de máquinas virtuais em serviços de nuvens, com servidores instalados no Brasil e em outros países. A suspeita é de que softwares maliciosos infectavam os dispositivos utilizados pelas vítimas para acesso ao internet banking, possibilitando que os criminosos tivessem a posse dos dados dos clientes. A ação conjunta culminou na expedição de 5 mandados de prisão temporária, 7 mandados de busca e apreensão, 7 ordens de seqüestros de veículos de luxo, assim como de imóveis, além do bloqueio de R$ 1 milhão nas constas bancárias dos suspeitos, que estão sendo cumpridos nos Estados do Tocantins e de Goiás. A operação reuniu 60 policiais civis, dentre membros das Polícias Civis dos Estados do Tocantins, Goiás e São Paulo, e da Diretoria de Inteligência do Ministério Extraordinário da Segurança Pública.

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