Em março deste ano, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria de Governo) e o ex-ministro Osmar Terra (Desenvolvimento Social), todos do MDB, tiveram os telefones fraudados e pediram investigação policial sobre o caso.
Segundo os relatos dos ministros, mensagens foram enviadas aos contatos deles por meio do aplicativo WhatsApp com pedidos de depósitos bancários. No total, cerca de 20 deputados estaduais e federais, ministros do Governo Federal e até a governadora do Paraná, Maria Aparecida Borghetti, foi alvo da quadrilha.
Conforme o delegado do Departamento de Combate a Crimes Tecnológicos da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), Odilardo Muniz, dentre os presos está Leonel Silva Pires Júnior, que seria o chefe da organização.
O delegado afirmou que Leonel usou o nome do deputado Adriano Sarney para realizar a fraude. "Ele se passava pelo deputado e isso facilitava para que ele pedisse dinheiro", disse.
Ainda de acordo com o delegado, Leonel também usava a sua empresa para realizar os golpes. “Leonel utilizou a sua empresa para conseguir chips para justamente trocar esses chips. Ele cancelava o chip real e resgatava no chip normal. Dos 120 chips que ele tinha, que a sua empresa faturou, 79 foram utilizados para golpes só na operadora Vivo”, pontuou.
Leonel já havia sido indiciado em 2016 por ser o líder de uma quadrilha que aplicava golpes por meio do WhatsApp. “Em 2016, ele foi indiciado pela Seic por participar de uma quadrilha do WhatsApp, onde ele era o cabeça e não foi preso porque ele se evadiu do local. Ele conseguiu o habeas corpus e respondeu em liberdade. Leonel já tem um processo de 2016 com o mesmo delito e agora duas prisões, tanto na Federal como na Estadual”, revelou o delegado. Muniz acrescentou que Leonel Silva Pires Júnior será interrogado e encaminhado ainda nesta terça para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. Operação Swindle Na operação dessa terça, batizada de Swindle, que significa "fraude" em inglês, policiais cumpriram cinco mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva no Maranhão e em Mato Grosso do Sul. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal em Brasília. De acordo com investigadores, com os números clonados, os criminosos usavam contas de WhatsApp de autoridades públicas e solicitavam transferências bancárias das pessoas da lista de contatos do telefone alvo de fraude. A polícia investiga os crimes de invasão de dispositivo informático, estelionato e associação criminosa. (G1/Maranhão)