A vítima teve o corpo encontrado em um terreno baldio em Talismã.
A Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira (6), um jovem de 22 anos suspeito de envolvimento no estupro e homicídio da própria irmã, a menina Andressa Aires, de 12 anos. A vítima teve o corpo encontrado em um terreno baldio em Talismã, no sul do Tocantins, no dia 11 de fevereiro deste ano.
Conforme a polícia, o irmão da vítima é ajudante de pedreiro e foi capturado quando se encontrava em seu local de trabalho, em Talismã.
Segundo a delegada Rosalina Maria de Almeida, responsável pelo caso, os policiais civis das delegacias de Alvorada e Talismã montaram uma força-tarefa, logo após o crime, para identificar os responsáveis e desvendar a motivação.
Depois de vários dias de investigações, os agentes identificaram o autor do crime, um homem de 26 anos. Ele foi preso no dia 3 de março em Ponte Alta do Tocantins e encaminhado à Casa de Prisão Provisória de Porto Nacional.
Em depoimento à polícia, o homem contou detalhes do crime e apontou o próprio irmão da vítima como sendo um dos autores. A polícia disse que, diante dos fatos apresentados e das investigações, foi possível constatar, de fato, o envolvimento do irmão na execução do estupro e homicídio.
Motivação
Segundo as investigações da Polícia Civil, o crime teria sido motivado porque os autores ficaram enciumados da menina em relação a uma terceira pessoa.
Conforme apurado, o homem de 26 anos já havia mantido relações sexuais por duas vezes com a vítima, sendo o ato consentido pelo irmão dela.
A delegada Rosalina lembra, no entanto, que manter relação com menor de 14 anos, mesmo que consentida pela vítima, constitui crime de estupro de vulnerável.
As investigações também apontaram que a execução do crime teria sido iniciada por volta das 23h50 do dia 6 de fevereiro em um lote baldio distante aproximadamente 50 metros da casa da vítima.
No local, os autores abusaram sexualmente da vítima e, para tentar encobrir o primeiro crime, deram 12 facadas no corpo da menina, sendo que uma delas atingiu seu coração.
As investigações também apontaram que antes de morrer, a jovem lutou com seus agressores, uma vez que os dois suspeitos ainda apresentam vários arranhões no tórax e nos braços.
Contudo, os exames periciais feitos no corpo da menina também apontaram que ela teve a cabeça pressionada várias vezes contra um muro chapiscado de 2 metros de altura, onde havia sangue e cabelos, foi atingida por tijoladas na cabeça, recebeu vários golpes de faca e morreu.