Crime em 2009

Justiça marca júri dos 3 últimos acusados da morte da professora Isabel, em Xambioá

Isabel foi encontrada morta em um terreno baldio no centro de Xambioá.

Por Redação 3.095
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22/04/2022 09h01 - Atualizado há 2 anos
Família e amigos da professora fizeram uma caminhada em 2020 pedindo Justiça

A Justiça marcou para a próxima quarta-feira (27/4) o julgamento de mais três acusados de envolvimento na morte e estupro da professora Isabel Pereira da Silva, em Xambioá (TO). O crime aconteceu em junho de 2009 e causou grande repercussão no estado em razão da barbaridade do caso. A vítima tinha 34 anos na época e deixou três filhos.

Os réus são Janner Santiago Pereira, 51 anos, Clênio da Rocha Brito, 61 anos, e Vilmar Martins Leite, 87 anos. O julgamento está previsto para começar às 8h30, na Comarca de Xambioá. 

A professora Isabel foi morta a pauladas na madrugada de 28 de junho de 2009, no cais da cidade. Conforme a polícia, ela foi morta após descobrir uma trama política que teria sido montada pelo grupo de oposição ao então prefeito eleito do município, Richard Santiago.

O grupo de oposição teria proposto a Sérgio Mendes da Silva, marido de Isabel, o pagamento de R$ 40 mil para que ele prestasse depoimento contra Richard Santiago, em uma acusação de compra de votos, o que levou à cassação do prefeito e à posse de Ione Leite, que tinha Clênio Brito como vice-prefeito.

No entanto, Isabel teria descoberto que seu esposo iria denunciar o prefeito eleito em 2008, em troca de dinheiro, e exigiu parte do valor sob pena de revelar toda a trama, motivo pelo qual acabou sendo morta.

Isabel foi encontrada morta em um terreno baldio no centro de Xambioá, com sinais de violência. 

Janner e Clênio estão foragidos e foram intimados por edital para o julgamento. Os três são os últimos, dos 10 acusados de envolvimento no crime, que ainda não foram julgados.

ENTENDA O CASO

O crime ocorreu no dia 28 de junho de 2009. Isabel foi encontrada morta em um terreno baldio no centro de Xambioá, com sinais de violência. Ela, que na época tinha apenas 34 anos, deixou três filhos.

Segundo a denúncia do MPE, tudo começou quando a chapa encabeçada pela prefeita Ione, esposa de Wilmar Leite, ficou em segundo lugar nas eleições de 2008, a chapa derrotada encabeçou um movimento que resultou numa ação judicial movida pelo Ministério Público por compra de votos contra o então prefeito eleito Richard Santiago (MDB).  A morte de Isabel Barbosa passou a ser planejada quando ela exigiu do marido parte do dinheiro recebido por ele, cerca de R$ 40 mil, para prestar depoimento contra o então prefeito Richard, por compra de votos, motivada por uma doação ilícita de uma máquina pulverizadora a Sérgio Mendes, ex-marido de Isabel.

Conforme o MPTO, o homicídio foi o resultado de um plano 'macabro' para calar Isabel, já que ela teria ameaçado revelar todo o esquema planejado para a cassação do então prefeito Richard Santiago Pereira.

Foram indiciados na época, Anderson de Araújo Souza e Roseli Francisco Alves Silva (acusados de serem os executores); Sérgio Mendes da Silva (ex-marido de Isabel); Antônio Batista da Silva Filho (irmão de Sérgio, que teria ajudado a planejar o crime); Clénio da Rocha Brito (ex-vice-prefeito de Ione Leite); Jenner Santiago Pereira (Sobrinho de Ione Leite); Ronaldo Espíndula Silvo (braço direito de Jenner); Ronisley Mendes da Silva (irmão de Sérgio); Wagner Mendes da Silva (irmão de Sérgio) e Wilmar Martins Leite (marido de Ione Leite).

O primeiro veredito aconteceu no dia 11 de junho de 2015. Anderson foi condenado a 28 anos de prisão por homicídio e estupro. Wagner e Roseli foram condenados a 15 anos pela morte e mais sete por estupro. Sérgio foi condenado a sete anos e seis meses de prisão por estupro e absolvido pelo crime de homicídio.

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