Polícia Civil

Operação mira quadrilha que usou armamento de guerra em ataque a carro-forte no Tocantins

Mandados estão sendo cumpridos em três estados.

Por Redação 980
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09/07/2020 08h35 - Atualizado há 3 anos
Grupo tem armamento de guerra, como metralhadora ponto 50

A Polícia Civil do Tocantins deflagrou, nesta quinta-feira (9), a 2ª fase da Operação Guerra Justa, que visa prender uma organização criminosa responsável por ataque a um carro-forte ocorrido em agosto de 2019, na TO-030, entre as cidades Colinas do Tocantins e Arapoema, na região centro norte do estado.

Coordenada pela Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC de Palmas), a operação cumpre oito mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão em residências nos estados de Pernambuco, Pará e Maranhão.

O ATAQUE

Na época do ataque, em agosto do ano passado, os assaltantes cercaram o carro-forte e passaram a efetuar disparos em sua direção. A perseguição e a troca de tiros com vigilantes perduraram por cerca de 20 quilômetros, até o momento em que o veículo dos assaltantes teve um dos pneus furados por um disparo efetuado pela equipe de guardas. Sem sucesso no roubo do dinheiro, os criminosos atearam fogo no veículo atingido e fugiram em outro carro que prestava apoio.

O tiroteio assustou os moradores do Povoado 19, próximo ao município de Arapoema. Conforme a polícia, chamou a atenção o poderio bélico dos assaltantes, que chegaram a utilizar um metralhadora calibre ponto 50, capaz de parar tanques de guerra e de abater aeronaves. 

A INVESTIGAÇÃO

A partir do material apreendido na primeira etapa da investigação, a equipe da DEIC de Palmas chegou a mais oito membros da organização criminosa responsável pelo ataque, cada um tinha uma função específica.

Um dos investigados ficava responsável pela guarda de parte do armamento do bando em um sítio localizado em povoado Vila Paraíso, na cidade Xinguara (PA) (nessa propriedade rural, na primeira fase da operação, foi encontrado um carregador de metralhadora ponto 50 e detonadores de dinamite).

Outra parte do grupo ficava encarregada de realizar o transporte do pesado armamento utilizados nos assaltos, valendo-se dos caminhões de uma madeireira, localizada na cidade de Cabrobró, no Estado de Pernambuco.

A empresa, com criação de fachada, era utilizada para dar discrição à atividade criminosa praticada, visto que os assaltantes e as armas de fogo, após os atentados contra as instituições financeiras, viajavam escondidos nos veículos. Os investigadores também descobriram uma ala do bando responsável por financiar a compra de munições.

MAIS TRÊS ASSALTOS

Segundo a polícia, o aprofundamento das investigações permitiu ter uma ideia da envergadura da organização. Com monitoramento, os investigadores descobriram que o grupo criminoso, após a tentativa de roubo ao carro-forte na cidade de Arapoema, foi responsável por mais três ataques. Um, ainda no mês de agosto de 2019, contra outro carro-forte na cidade de Marabá (na ocasião os assaltantes conseguiram subtrair o dinheiro).

Já em janeiro 2020, o bando foi também responsável por mais dois assaltos no estado do Pará. Um no dia seis, contra um carro-forte que trafegava pela BR-010, entre as cidades de Ipixuna do Pará e Paragominas. Na troca de tiros com os vigilantes, um dos bandidos acabou sendo atingido e sendo obrigado a amputar parte de um dos pés.

O outro ataque, na madrugada dia 30 de janeiro, foi praticado contra uma agência bancária do Bradesco. Na ocasião, o grupo aterrorizou a população da cidade Ipixuna do Pará.  25 pessoas foram feitas reféns. As vítimas foram usadas com escudos humanos, sendo colocadas nos para-brisas dos veículos utilizados pelos criminosos para fugir.

Com parte dos mais de R$ 1 milhão roubados da agência bancária, quatros lideranças do bando viabilizaram a compra de mais duas metralhadoras ponto 50, adquirida por R$ 200 mil cada.

1ª FASE DA OPERAÇÃO

Realizada em 28 de abril de 2020, a 1ª fase da Operação Guerra Justa deu cumprimento a seis mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão em residências nos estados do Tocantins, Bahia, Pernambuco e Pará. O saldo da operação foi o indiciamento de 14 pessoas.

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