Como estava, imagem impossibilitava identificação da placa.
Peritos oficiais do Núcleo Especializado de Computação Forense identificaram os caracteres da placa de um veículo flagrado em local de crime a partir de uma imagem registrada em posição perpendicular à lateral do veículo.
A imagem foi feita por uma testemunha ocular, mas o ângulo da foto impossibilitava a identificação direta da placa pela equipe condutora do procedimento investigativo.
Técnica
De acordo com o perito oficial Thiago Magalhães de Brito Rodrigues, os peritos obtiveram êxito na identificação dos caracteres após o exame de projeção espacial em plano retangular, no qual a região do veículo que contém a placa foi projetada em plano horizontal de posição aproximada frontal.
“Exames desta natureza implementam conceitos de geometria analítica, rotação e translação de matrizes bidimensionais (2D), representadas por todos os pontos de cores (pixels) que compõem a imagem alvo”, ressaltou ele.
Durante a condução dos exames periciais, todos os eventos de processamento digital da imagem foram devidamente registrados, permitindo, assim, a auditoria e reprodutibilidade a qualquer tempo para todos os interessados na persecução. Dessa forma, a imagem se torna uma prova de caráter irrefutável.
Núcleo Especializado de Computação Forense
O Núcleo Especializado de Computação Forense do Instituto de Criminalística do Tocantins conta com peritos oficiais com formação acadêmica especializada em tecnologias e áreas correlatas e em grau de pós-graduação e mestrado.
Dentre os exames periciais disponibilizados pelo núcleo constam: recuperação e análise de evidências digitais, engenharia financeira de ativos de criptomoedas (moedas digitais), desbloqueio e extração de dados de aparelhos de telefonia móvel, processamento forense de arquivos de multimídia (áudios, vídeos e imagens) e perícias associadas a crimes cibernéticos.