Operação 'Covid-38'

PF prende dois delegados da Polícia Civil em operação que investiga grupo de extermínio

Grupo formado por policiais civis matava criminosos que saíam da prisão, diz PF.

Por Redação 2.992
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11/08/2022 06h01 - Atualizado há 1 ano
Polícia Federal

A Polícia Federal prendeu os delegados Ênio Walcacer de Oliveira Filho e Amaury Santos Marinho Junior, da Polícia Civil do Tocantins, durante a operação 'Covid-38', deflagrada nesta quarta-feira (10), por suposto envolvimento em um grupo de extermínio em Palmas. Cinco agentes já tinham sido presos preventivamente na mesma investigação.

Esta é a segunda fase da Operação Caninana. Segundo a PF, o grupo teria sido responsável por cinco mortes ocorridas apenas no dia 27 de março de 2020, em Palmas.

Cerca de 12 policiais federais participaram dessa fase da operação, que cumpriu os 02 mandados de prisão preventiva contra os delegados.

Os agentes presos são Antonio Martins Pereira Junior, Carlos Augusto Pereira Alves, Giomari dos Santos Junior, Callebe Pereira da Silva e Antônio Mendes Dias.

Conforme a PF, durante as investigações da operação Caninana, verificou-se que no dia 27 de março de 2020, cinco pessoas foram mortas com indícios de execução nos bairros de União Sul e Jardim Aureny I.

As vítimas das execuções teriam sido Geovane Silva Costa e Pedro Henrique Santos de Souza, no Setor União Sul. No mesmo dia, José Salviano Filho Rodrigues, Karita Ribeiro Viana e Swiany Crys Moreno dos Santos, foram mortos nas mesmas condições, mas no Setor Aureny I.

A investigação apontou que um grupo criminoso formado por policiais civis monitorava a saída de pessoas recém-egressas do sistema prisional e as executavam de forma planejada. A defesa dos policiais afirma que as mortes foram resultado de 'guerra de facções'.

O cumprimento dos mandados de prisão contra os delegados foi acompanhado por equipes da Corregedoria da Polícia Civil. Os delegados foram levados para a sede do Batalhão de Choque da Polícia Militar.

O nome da operação faz referência a como o grupo identificava a sua atividade no período da pandemia da Covid-19, segundo análise de material apreendido no bojo da operação.

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