Operação IL Padrino

Contador e empresário são presos no Tocantins em operação que mira megatraficante 'Padrinho'

Eles seriam 'laranjas' de uma organização criminosa do DF que lavava dinheiro no Tocantins.

Por Redação 3.078
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05/05/2023 17h30 - Atualizado há 11 meses
Duas pessoas foram presas pela Polícia Civil do Tocantins (PC-TO

Em apoio à Operação IL Padrino, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal, a polícia do Tocantins cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão nesta quinta e sexta-feira (04 e 05/05), em Palmas.

A ação é resultado de investigação que apura tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa no Distrito Federal. O principal investigado, conhecido como Padrinho, é um megatraficante acusado de lavar dinheiro para facções criminosas. Ele foi preso no Ceará.

No Tocantins, um dos alvos de busca, apreensão e prisão temporária é o contador Valdenir Luciano da Silva, 52 anos, preso na manhã dessa quinta-feira. No endereço dele, os policiais apreenderam mais de 60 documentos diversos, vários carimbos em branco, empresarial, comercial de tabelionatos, cartórios e de profissional técnico, HDs pen drives e aparelho celular.

O outro preso é um empresário que seria sócio-administrador de uma empresa que tem um endereço sede registrado em Nova Rosalândia, pequena cidade no interior do Tocantins, e que é apontada pelos investigadores como recebedora de pelo menos R$ 3 milhões de Cícero da Silva Oliveira, conhecido como “Padrinho”, suspeito principal da megaoperação.

Conforme a Coordenação de Repressão às Drogas da Polícia Civil do Distrito Federal, o suposto líder do grupo investigado possui vínculos concretos com facção criminosa paulista e recebeu altos valores de contas correntes de “laranjas” identificadas como “contas caixas” da citada facção, para realização da venda de cocaína em Brasília.

A polícia afirma que a investigação direcionada à apuração de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa demonstrou que se trata de uma organização criminosa "altamente hierarquizada e capitalizada, com atuação comprovada em diversos Estados da Federação" e está envolvida no transporte de vultuosas quantidades de cocaína da região de fronteira até o Distrito Federal.

No Tocantins, as ordens judiciais foram cumpridas por meio das equipes da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), Divisão Especializada de Repressão à Corrupção (DECOR) e Divisão Especializada de Repressão a Crimes contra a Ordem Tributária (DRCOT).

ALVO DE OUTRA OPERAÇÃO

O contador Valdenir Luciano da Silva já foi preso durante a Operação Efialtes, deflagrada em dezembro de 2022, por suspeita de integrar uma organização criminosa que desviava drogas que seriam incineradas após serem apreendidas.

De acordo com a polícia, Valdenir Luciano da Silva é ex-sócio da LEX Assessoria Administrativa Eireli, empresa sediada no Tocantins, que seria supostamente utilizada para lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas. A firma teria movimentado aproximadamente R$ 107,5 milhões sem origem comprovada.

A defesa do empresário alegou, no entanto, que ele teria entrado no quadro societário da empresa em 27 de setembro de 2018 e saído em 7 de julho de 2021, ou seja, bem antes da deflagração da operação. Os advogados de Valdenir Luciano da Silva destacaram ainda que não há nenhuma indicação de envolvimento pessoal dele com as movimentações bancárias feitas de forma ilícita pela LEX Assessoria.

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