Couto Magalhães

Policial civil é preso no Tocantins acusado de torturar suspeitos de crimes para obter confissão

Uma das vítimas teve fratura nas costelas em virtude das torturas, segundo o MPE

Por Redação 5.314
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14/06/2019 15h34 - Atualizado há 4 anos
O agente foi preso por determinação da Justiça, a pedido do MPE

O agente de Polícia Civil da Delegacia de Couto Magalhães (TO), Robson Jacques Garcias, foi preso acusado de torturar suspeitos de crimes para obter informações e confissão.

Ele é alvo de duas denúncias criminais e teve a prisão decretada a pedido do Ministério Público, visando a garantir a ordem pública e instrução processual. 

Na primeira denúncia, Robson Garcias teria constrangido, com emprego de violência e grave ameaça, duas pessoas com o fim de obter declaração e confissão acerca de furtos praticados na região de Peixelândia. Teriam participado também o escrivão Cristiano Alves Xavier Gouveia e o servidor público Washington Luiz Ribeiro Lacerda, da Delegacia de Pequizeiro. O fato ocorreu no mês de maio deste ano em Couto Magalhães.

Conforme o MPE, os servidores da Polícia Civil teriam ido até as residências dos suspeitos, onde foram algemados e colocados no porta-malas de um veículo e em seguida levados até uma construção abandonada, às margens do rio.

No local, os dois homens foram amarrados pelas mãos no telhado da construção e despidos, ocasião em que começaram as sessões de agressão por meio de socos e golpes de telhas e ripas. Além disso, tiveram suas cabeças colocadas em sacos plásticos e os órgãos genitais puxados com o uso de uma corda. Laudos médicos apontaram que uma das vítimas teve fratura nas costelas em virtude das torturas.

Outro caso

Na segunda ação penal contra o agente Robson Garcias, ele é acusado de torturar um homem alvo de uma ordem de busca e apreensão e de prisão temporária, pela acusação de tráfico de drogas.

As agressões teriam ocorrido no dia 04 de janeiro de 2019, no momento em que o agente, acompanhado de outros policiais, ainda não identificados, adentraram a residência da vítima para que revelasse onde escondia a droga. As agressões resultaram na fratura de dois arcos da costela.

Os casos estão sendo acompanhados pelos promotores de Colméia, Rogério Rodrigo Ferreira Mota e Luma Gomides de Souza. Além do pedido de prisão, o Ministério Público aguarda a análise da Justiça quanto ao pedido de afastamento cautelar dos demais envolvidos. Eles enfatizam que é importante que outras vítimas sintam-se seguras em denunciar eventuais casos, já que existem suspeitas de tortura de outras pessoas.

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