Ele estava foragido desde novembro do ano passado.
A Polícia Civil do Tocantins prendeu preventivamente, nesta quarta-feira (20), o vereador reeleito do município de Almas, Narcizo Marcos Alves Borges, o Marcão da Caçamba (MDB), 56 anos. Ele é acusado de ameaça, agressão física e extorsão contra um eleitor da cidade a fim de cobrar o pagamento de uma aposta feita entre amigos durante as Eleições 2020.
O vereador estava foragido desde novembro de 2020, quando teve a prisão decretada pela justiça, e foi encontrado em uma chácara do município. O outro homem envolvido no crime foi preso em flagrante ao receber o dinheiro da aposta – R$ 4 mil.
As diligências para prisão do vereador foram intensificadas logo após ele tentar tomar posse no cargo. Enquanto esteve foragido, Marcão outorgou uma procuração ao presidente do seu partido, o MDB, para que o mesmo tomasse posse lhe representando. Contudo, a ilegalidade foi suspensa pela Justiça.
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O CASO
Conforme a polícia, a vítima e um amigo (agora um dos autores do crime), fizeram uma aposta relacionada a qual candidato a vereador receberia mais votos no pleito de 15 de outubro de 2020. Na ocasião, a vítima disse que, como estava entre amigos, imaginou tratar-se apenas de uma brincadeira, e mesmo tendo perdido a aposta pensou que não precisaria pagar o valor combinado.
No entanto, logo após o resultado das urnas, o então amigo, na companhia do vereador que recebeu mais votos, procurou a vítima na intenção de receber o dinheiro da aposta. Porém, a vítima disse que não faria o pagamento, pois imaginava ter sido uma brincadeira.
Contudo, na sequência, a vítima passou a sofrer ameaças de morte e agressões, tanto por parte do ex-amigo quanto do vereador.
No dia 18 de novembro, por volta das 10h, o vereador e o comparsa foram até o local de trabalho da vítima para receber o dinheiro. E, dessa vez, o político teria saído do veículo em que estava e desferido tapas no rosto da vítima, sendo contido por populares.
A vítima procurou a Delegacia de Polícia Civil e registrou novo Boletim de Ocorrência, desta vez, por ameaças e agressão física. Diante dos fatos, a polícia intensificou as investigações e recebeu informações de que a vítima, temendo por sua integridade física, bem como de seus familiares, teria efetuado o pagamento de R$ 4 mil ao suspeito. Imediatamente, os policiais civis partiram em diligências e localizaram o autor das ameaças que ainda estava de posse do dinheiro recebido.
Quando o primeiro suspeito foi preso em flagrante, ele teria confessado as ameaças e disse que dividiria os quatro mil reais com o vereador que também era investigado pela prática dos fatos.