Axixá

Vereadora e família são vítimas de sequestro no norte do estado; bandidos falaram em 'recado'

Ela disse suspeitar que o caso pode ter motivações políticas.

Por Redação 920
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15/09/2023 11h24 - Atualizado há 7 meses
Aurilene Silva (PT) é vereadora em Axixá do Tocantins (TO)

A vereadora Aurilene Silva (PT), do município de Axixá do Tocantins (TO), foi vítima de um sequestro na noite desta quarta-feira (13). Ao chegar à chácara em que morava, junto do marido e dos filhos (de 10 e 8 anos), a família foi abordada por dois homens que anunciaram o assalto.

A vereadora e o marido foram amarrados e os criminosos pediram o celular da parlamentar, bem como a senha do aparelho para efetuar transações bancárias.

"Quando cheguei na minha residência, desci do carro para abrir a porteira. Foi o momento que eu vi os bandidos vindos em minha direção. Veio um, e outro ficou mais atrás. A minha reação foi correr e gritar muito. Meu marido não estava entendendo o que eu estava dizendo, como o vidro estava fechado. Ele saiu e entrou em confronto com o bandido. O bandido falou que era para ele se render, se não ia atirar na gente. Ele derrubou o meu marido no chão e amarrou ele", contou Aurilene ao jornal GLOBO.

Em seguida, o casal foi levado para dentro da propriedade. No local, os criminosos perguntaram à vítima quanto em dinheiro que ela teria disponível para realizar uma transferência bancária para os criminosos.

Aurilene afirma ter respondido que tinha “entre R$ 3 mil e R$ 5 mil". Nesse momento, o criminoso se aproximou dela e pediu que ela ficasse “tranquila”, porque ele não iria matá-los, pois a ação seria apenas um “recado”, um “aviso”.

"Ele ficou perguntando pelo meu celular, pela chave do Pix, se eu tinha dinheiro. Ele veio dizendo 'calma, que não ia ferir ninguém', que era um recado", conta Aurilene.

Em seguida, os bandidos trancaram as vítimas em um quarto e deixaram a propriedade, levando ainda com eles uma televisão. Em seu relato, Aurilene conta que conseguiu se soltar deslizando as mãos e usou um cortador de unhas para soltar o marido.

"Consegui me soltar. Soltei o meu marido, com muita dificuldade. Ele tirou as dobradiças da porta e saiu pela porta da cozinha. Pulou o murozinho que tem e foi chamar ajuda. Ele foi no vizinho mais próximo, pegou uma moto e foi para o povoado chamar a polícia", disse.

À reportagem, Aurilene contou que ela e o marido ficaram com hematomas no corpo e afirmou que o carro da família foi jogado em um barranco. No boletim de ocorrência, ela disse suspeitar que o caso pode ter motivações políticas.

NOTA DO PT

Em nota, o Partido dos Trabalhadores exigiu providências junto ao governo do estado e todo o aparato de justiça para garantir a segurança da vereadora e de sua família.

"Vivemos em nosso país nos últimos tempos ondas de violência política de gênero contra as mulheres que ocupam um espaço de poder e decisão, não queremos que aconteça outro caso como da vereadora carioca Marielle Franco. É direito da mulher ocupar espaços na política, com todas as suas condições resguardadas e atuamos diuturnamente pela composição de uma esfera pública saudável e democrática onde as mulheres não se sintam acuadas ou excluídas e possam ocupar espaço sem sofrer nenhum tipo de violência. O Enfrentamento à violência política de gênero têm sido uma das nossas principais frentes de batalhas, justamente por esses tipos de ataques que nossas parlamentares vêm sofrendo junto ao poder legislativo", afirma a nota do partido.

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