Kalunga do Mimoso

Comunidade quilombola luta em busca de UTI para paciente de covid-19 em estado grave

Hospital mais próximo fica a 120 km do Quilombo.

Por Márcia Costa 914
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18/03/2021 16h39 - Atualizado há 3 anos
Território Quilombola Kalunga do Mimoso

Um ano após o registro do primeiro caso de covid-19 no Tocantins, a comunidade quilombola 'Kalunga do Mimoso', localizado a 120 km da cidade de Arraias, teve o seu primeiro caso do novo coronavírus entre os moradores, confirmado nessa quarta-feira, 17 de março.

A paciente é a senhora Joelina Marques do Santos, que se encontra internada no Hospital Municipal de Arraias, em estado grave.

O diretor e secretário da Associação Quilombola, Eudemir de Melo Silva, afirmou que a paciente precisa com urgência ser encaminhada para uma UTI. Segundo ele, o hospital já teria solicitado uma UTI aérea para transferir a paciente, mas a Secretaria Estadual de Saúde ainda não deu retorno.

“Ela foi internada no último dia 14 e não está bem. O Hospital não conseguiu nenhuma vaga de UTI avançada e estamos nessa situação. Estamos pedindo ajuda para salvar a vida dela, que também é portadora de deficiência mental”, disse Eumir de Melo.

PREOCUPANTE

A Associação Quilombola Kalunga do Mimoso busca apoio dos governantes para impedir a transmissão comunitária do vírus no território. “Ressaltamos com urgência da implementação pelos governantes de um plano de enfrentamento à pandemia da covid-19 voltado para a proteção das comunidades quilombolas, conforme determinado pelo Supremo Tribunal Federal”. Cerca de 250 famílias vivem atualmente no quilombo.

O QUE DIZ A SES

Nota de esclarecimento

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que trabalha para a abertura de novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) que atendam os pacientes acometidos pela Covid-19, no Tocantins.

A SES destaca que a paciente  mencionada por este veículo, está regulada para um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no Hospital Geral de Palmas (HGP), para onde será transferida nas próximas horas.

A SES enfatiza que a Central atua 24 horas por dia, em busca de maior celeridade no processo de transferência de pacientes, os quais são regulados, de acordo com os critérios de avaliação médica, que os prioriza pela gravidade do quadro clínico apresentado, respeitando a estabilização e condições de deslocamento do paciente.

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