O caso ocorreu no último dia 20 e teve ampla repercussão nas redes sociais.
Os cinco guardas metropolitanos flagrados agredindo um jovem negro em um posto de combustíveis de Palmas podem responder por tortura e abuso de autoridade. A informação é do Ministério Público do Tocantins (MPTO), que ouviu nesta quarta-feira (23) o vendedor Vinícius Lucas Ferreira, de 26 anos, que foi a vítima das agressões.
O caso ocorreu no último dia 20 e teve ampla repercussão nas redes sociais. Os vídeos que circulam nas redes mostram o momento em que o jovem é agredido com chutes no rosto e também pisoteado durante uma abordagem da Guarda Metropolitana.
Em entrevista à TV Anhanguera, o jovem afirmou que não havia motivo algum para a brutalidade dos guardas. "Só sei que o policial [se referindo ao guarda] já pegou pelo meu pescoço me jogou pra fora e começou a me agredir. Eu já deitado no chão, sem nenhuma reação, me agredindo com chute na cara, com murro, com spray de pimenta, pisando na minha cabeça, pisando no meu pescoço", lembra Vinícius.
Investigação
Entre as providências contidas no procedimento, conta oitivas com os guardas metropolitanos que, supostamente, participaram das agressões. Os autos do procedimento também serão encaminhados à Promotoria de Justiça, com atuação na área civil, para averiguação de dano moral.
Os cinco guardas que aparecem nas imagens foram afastados das ruas pela corregedoria da GMP, de acordo com a prefeitura. Eles também devem responder a procedimentos administrativos.
Na segunda-feira (21) a GMP emitiu nota dizendo que os guardas "fizeram o uso proporcional da força apenas para conter a fúria do cidadão" e que "este não é o procedimento padrão". O caso segue sendo apurado.