Interferências em voos

Empinar pipa próximo a aeroportos pode causar acidentes com aeronaves, alerta CCR

Este ano já teve uma ocorrência no aeroporto de Palmas.

Por Redação
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15/07/2022 09h07 - Atualizado há 2 anos
Registrado uma ocorrência de pipas próximo ao aeroporto de Palmas neste ano.

Férias escolares são um momento de lazer e diversão para a garotada relaxar e se divertir. Uma das brincadeiras mais populares nesta época mais seca e com ventos é empinar pipa (ou papagaio, quadrado, arraia, cafifa ou pandorga, dependendo da região), o que pode oferecer uma série de riscos para a aviação. O alerta é fundamental, principalmente para quem vive próximo aos aeroportos localizados em perímetro urbano.

Luís Spanner, responsável pela área de Segurança Operacional da CCR Aeroportos, explica que as pipas podem causar interferências nos voos pelo risco de serem absorvidas pelo motor da aeronave ou enroscar na hélice dos helicópteros. “Também podem danificar algum componente essencial desses equipamentos. O momento de maior risco ocorre durante os procedimentos de pouso e decolagem", completou.

Spanner alerta ainda que a queda de pipas dentro do sítio aeroportuário pode provocar entradas indevidas de crianças na área operacional dos aeroportos. 

A tentativa de entrada em áreas protegidas das pistas dos aeroportos pode gerar uma série de ocorrências, entre elas, incidentes como arremetidas de aeronaves durante processo de pouso e atrasos nas operações de decolagem”, ressalta.

No Aeroporto de Palmas foi identificada uma ocorrência relacionada à pipa após a assunção das operações pela CCR Aeroportos, em 09 de março. A ocorrência envolveu o pátio de estacionamento de aeronaves do aeroporto, gerando impactos nas operações.

OUTROS AEROPORTOS

Desde o início da gestão da CCR Aeroportos, em março de 2022, já foram identificadas 61 ocorrências com pipas nos aeroportos administrados pela operadora. O maior número de ocorrências foi registrado nos aeroportos dos Estados de Minas Gerais (Pampulha), Santa Catarina (Navegantes), Goiás (Goiânia), Piauí (Teresina) e Maranhão (São Luís).

“Nos aeroportos administrados pela CCR, observou-se que 48% das ocorrências com pipas afetam as operações da pista de pouso e decolagem, com a queda ou sobrevoo de pipas nos aeródromos. Também detectamos que o dia da semana em que mais ocorrem eventos com pipas é no domingo, principalmente no período da tarde, entre 14 e 18h”, destaca Luís Spanner.

É importante destacar que, conforme o Código Penal, art. 261, expor a perigo aeronave ou praticar qualquer ato que possa impedir ou dificultar a navegação aérea é crime, com pena de dois a cinco anos de prisão. 

De acordo com Luís Spanner, a CCR aeroportos trabalha para aumentar cada vez mais a segurança das operações. Nesse sentido, a companhia solicita o apoio da população de Palmas para que não solte pipas no entorno dos aeroportos. Caso alguma pipa venha a cair no interior do sítio aeroportuário, a empresa orienta que as pessoas não tentem entrar na área operacional para resgatá-la. 

Sobre a CCR Aeroportos

A CCR Aeroportos, Negócios do Grupo CCR, opera 20 aeroportos no mundo, firmando sua presença em quatro países e nove estados brasileiros. Com a recente expansão a empresa se consolidou como a maior operadora em número de aeroportos no Brasil. 

Ao todo administra 17 aeroportos brasileiros: São Luís e Imperatriz, no Maranhão; Palmas, no Tocantins; Teresina, no Piauí; Petrolina, em Pernambuco; Goiânia, em Goiás; o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, por meio da BH Airport, e o Aeroporto da Pampulha, em Minas Gerais; Curitiba, Bacacheri, Londrina e Foz do Iguaçu, no Paraná; Navegantes e Joinville, em Santa Catarina; e Pelotas, Uruguaiana e Bagé, no Rio Grande do Sul. No exterior, a empresa opera os aeroportos de Juan Santamaria (Costa Rica), Quito (Equador) e Curaçao (Antilhas Holandesas). Em todas estas operações, a CCR Aeroportos movimenta cerca de 42 milhões de passageiros/ano.

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