Com as cartas embaralhadas no jogo político do Tocantins, muitos pré-candidatos estão trilhando caminho diverso da orientação partidária e, por isso, podem ficar sem legenda para as eleições de outubro. É o caso, por exemplo, dos deputados estaduais
Olyntho Neto e
Luana Ribeiro, ambos do PSDB, que pretendem disputar a reeleição. O partido repousa no ninho do pré-candidato a governador
Carlos Amastha (PSB) através de um acordo costurado diretamente com o presidenciável
Geraldo Alckmin, no Diretório Nacional. Em troca, Amastha apoiará o tucano no Estado. Segundo fontes, com esse acordo, Amastha ganhou o poder de vetar adversários nas chapas proporcionais, podendo complicar a situação de Luana e Olyntho, que apoiam
Mauro Carlesse (PHS). Na base governista, Olyntho e Luana são os deputados com maior influência na atual gestão, responsáveis por indicações em cargos importantes, inclusive no primeiro escalão. Para Amastha, dar legenda a eles significa fortalecer o principal adversário. Situação semelhante enfrenta o presidente da Câmara de Araguaína,
Marcus Marcelo, pré-candidato a deputado estadual. Ele é filiado ao PR de
Vicentinho Alves, que está com Amastha, mas segue
Ronaldo Dimas, que apoia Carlesse, pelo menos até agora. Segundo a fonte, Vicentinho também colocou nas mãos de Amastha o poder de veto. Numa conversa reservada, Amastha já teria feito essa observação a
Marcus Marcelo.