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Opinião do leitor | Calundu, um comportamento de criança que é inaceitável para um líder

Jair não compreendeu o tamanho do líder que é ou que poderia ser.

Por Redação
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03/11/2022 11h18 - Atualizado há 1 ano
Kim Nunes – Articulista, um eterno buscador de si mesmo

Por Kim Nunes | Opinião do leitor 

Caros leitores, votei em Jair Bolsonaro, mas este artigo nada tem a ver com esta decisão. Pessoalmente esperava mais, de qualquer um que não ganhasse essa eleição no segundo turno. Um líder, qualquer básico livro de estratégia, ensina, deve saber se posicionar.

Para um líder, o poder é apenas um detalhe. Saberá Bolsonaro lidar com a liderança sem o poder?

A regra é também simples e existe desde a monarquia: “Não existe vácuo no poder”. É bem verdade, não podemos esquecer, Jair esteve confortável durante muitos anos em que esteve na mais alta zona de conforto brasileira. Por motivos de convencimento amigável e familiar, repito, votei no caboclo, ousando rabiscar este pequeno artigo, devo lembrar que, antes de ser presidente, sua atuação na Câmara, no máximo foi o que se chama de “réquiem”. E que me perdoem os seus apoiadores, dos moderados até àqueles que pelo excesso de manifestos, ainda se procura uma palavra para defini-los. Na Câmara Federal, este mesmo presidente que decepcionou (ainda mais) após a derrota, que se manifestou tristemente (pouco mais de 3 minutos), esteve todo tempo como deputado federal num repouso eterno. (Réquiem de Mozart é triste como os mandatos dele).

Jair Messias Bolsonaro teve 58.206.354 de votos, e mais, 32.200.558 é o número de eleitores que sequer foram às urnas no segundo turno, não se sentiram representados. 

Jair, me parece, de Messias não tem nada e não compreendeu o tamanho do líder que é ou que poderia ser.

Mas não quero ser ácido no artigo, pretendo mais iluminar com uma boa brisa as varandas das mentes dos nobres leitores.

Consolidados os números o país esperava, no mínimo, que Bolsonaro enxergasse o poder como um processo necessário de serviço (e que é rotativo). O líder pode mudar de função, mas não pode perder o êxtase da simplicidade que a ideia mantém, isto é, o ideal deve sobreviver depois do poder. Se não sobrevive, não existiu, fogos de artifício. E para quê?

Quantos amigos, familiares, conhecidos tiveram a nobre ousadia de se apresentar nas urnas. Quantos líderes eleitos ou não, brilharam entendendo que somos mais do que os cargos que ocupamos. Somos mais que os aplausos que recebemos.

Não quero dar tom religioso já caminhando para o fim desta pequena opinião. Mas há um aprendizado em Cristo que tendo feito o que fez, nunca se contentou com os aplausos.

Há muito a ser construído no Brasil, as estruturas de ferro e concreto, opino, nem são a nossa urgência. A construção da civilização do bem passa pela construção de um ser humano equilibrado.

Desejo que nós todos, tenhamos amadurecidos. Em cada um de nós há um avesso. E no outro também.

O conceito de “Homem Cordial” na sociologia brasileira, pode ser ainda válido.

Haja o que houver,

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Kim Nunes – Jornalista, articulista, um eterno buscador de si mesmo. 

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