Araguaína

'As pessoas não dão trabalho para mim', diz homem com deficiência ao pedir oportunidade

Programação inclui palestras, apresentações teatrais, baile e pedalada.

Por Redação
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19/09/2022 17h16 - Atualizado há 1 ano
Tradicional caminhada foi realizada na manhã desta segunda, 19

A 4ª Semana Municipal de Conscientização dos Direitos da Pessoa com Deficiência em Araguaína começou no domingo (18) com uma missa no Setor Coimbra. A tradicional caminhada, que já está na sétima edição, foi realizada na manhã desta segunda-feira (19),e a programação de atividades segue até o dia 25. 

Alunos e pacientes das instituições especializadas no atendimento a esse público juntaram-se a professores e alunos de escolas públicas municipais e estaduais, servidores municipais e à Universidade da Maturidade de Araguaína (UMA) e fizeram o percurso da Praça das Bandeiras até o Parque Cimba.

O lema da semana deste ano é ‘Passos que incluem... Barreiras ou preconceito?’ e chama a atenção da sociedade para a necessidade de respeito e inclusão das pessoas com deficiências em todas as esferas sociais e de trabalho.

A diretora de Articulação dos Conselhos da Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Habitação, Maria do Amparo Frasão, ressaltou o compromisso coletivo com a causa.

“O apoio à pessoa com deficiência não é uma responsabilidade apenas do poder público, dos conselhos e demais instituições que trabalham com esse público. É um dever de toda a sociedade. Cada um de nós tem um pouco de deficiência, por isso é preciso ter esse respeito e empatia”, afirmou a diretora.

O evento é uma realização da Prefeitura de Araguaína, por meio das secretarias da Saúde, da Educação e da Assistência Social, em parceria com o Centro Especializado em Reabilitação (CER), Associação das Pessoas com Deficiência de Araguaína (ADA), Hospital do Amor, Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e Defensoria Pública do Estado do Tocantins.

Barreiras que precisam ser quebradas

Efigênia Maia é mãe de uma adolescente com Síndrome de Down e fala da falta de apoio em diversas situações. 

“De imediato, é preciso reconhecer que essas pessoas têm potencial e são capazes de desempenhar funções em qualquer lugar. Ainda enfrentamos muitas barreiras de aceitar, acreditar e investir em uma pessoa com deficiência. Eu acredito que movimentos como esse dão mais visibilidade para esse público”, contou a mãe.

O diretor da Escola Raio de Luz, da APAE de Araguaína, Valdinilson Fernandes, lembra que muitas vezes o preconceito acontece com as pessoas mais próximas da família. “São muitas barreiras que temos hoje para incluir a pessoa com deficiência na sociedade, o preconceito, o simples fato de não convidar para um aniversário, para um casamento”, disse.  

Quem precisa pede oportunidades

Os amigos Jailson da Silva, de 36 anos, e Jader dos Santos, de 40 anos, são atendidos pelo Centro-Dia – serviço especializado de assistência social à pessoa com deficiência de Araguaína. Os dois disseram que têm vontade de trabalhar limpando terrenos e não conseguem uma oportunidade. 

“As pessoas têm que respeitar a gente. Eu gosto de capinar, mas as pessoas não dão trabalho para mim”, disse Jader.

“Eu respeito todo mundo, então quero respeito também”, pediu Jailson.

Programação

Dia 20 (terça-feira)

9h30 – Audiência Pública na Câmara de Vereadores (Rua das Mangueiras, 1.090, Centro).

Dia 21 (quarta-feira)

8h30 - Palestra “Desafios da pessoa com deficiência na atuação profissional” (auditório da OAB Araguaína - Rua Vinte e Cinco de Dezembro, 310, Centro).

Dia 22 (quinta-feira)

9h – Mesa Redonda “Acessibilidade e Inclusão” (auditório da Aciara, Avenida Filadélfia, 3.355, Jardim Filadélfia).

Dia 23 (sexta-feira)

8h – Apresentação teatral e palestra sobre a Fundação Dorina Nowill para Cegos (CER - Rua Tanzânia, Quadra 153, Lote 05, Lago Azul 4);

14h – Palestra “Barreiras físicas e comunicação” (CER).

Dia 24 (sábado)

21h – Baile “Nos embalos da inclusão” (Tema Anos 80) com Cicinhono (salão social da AABB - Avenida C, 102, Jardim Santa Mônica).

Dia 25 (domingo)

16h30 – 2ª Pedalada da Inclusão e exposição de equipamentos de acessibilidade (Via Lago).

‘Eu respeito todo mundo, então quero respeito também, pediu Jailson da Silva Costa

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