Araguaína

Associação da Diversidade defende peça teatral e acusa vereador de homofobia e discriminação

Para grupo, vereador tem usado a igreja evangélica como ‘massa de manobra’ e 'curral eleitoral’.

Por Redação 1.356
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06/05/2023 08h28 - Atualizado há 11 meses
Associação defendeu a peça

A Associação da Diversidade de Araguaína (Adiara) defendeu a peça teatral apresentada para crianças em uma escola pública da cidade e disse que o vereador Marcos Duarte “deve ser responsabilizado na Justiça por seus crimes de homofobia e discriminação social”.

O parlamentar, que é presidente da Câmara Municipal de Araguaína, fez duras críticas à peça e afirmou que vai convocar a secretária municipal da Educação, professora Elisângela Moura, e o diretor da escola para prestarem esclarecimentos.

Conforme a Adiara, a peça é patrocinada pelo Ministério da Cultura e trata da diversidade de organizações familiares existentes na sociedade atual, abordando filhos que vivem com uma mãe solteira, com um pai, com a avó ou avô, famílias de casais homoafetivos, entre outros formatos.

“O objetivo é conscientizar as crianças sobre a importância de respeitar essas diferenças e acolher todas as famílias, independentemente de sua estrutura ou configuração”, afirmou.

A associação ainda afirmou que o político tem usado a igreja evangélica como ‘massa de manobra’ e 'curral eleitoral’, “manipulando os fiéis apenas com intenções políticas e desejo feroz de poder e projeção pessoal”.

Por fim, destacou que por meio de “ações como essa [conscientização sobre respeito às diferenças], é possível coibir o bullying e construir uma sociedade mais diversa e respeitosa, onde as diferenças são valorizadas e celebradas”.

 

VEJA A NOTA COMPLETA

“Na última quinta-feira, dia 04, foi apresentado em Araguaína um espetáculo de teatro patrocinado pelo Ministério da Cultura, que busca promover apresentações em 36 municípios. O espetáculo em questão trata da diversidade de organizações familiares existentes na sociedade atual, abordando filhos que vivem com uma mãe solteira, com um pai, com a avó ou avô, famílias de casais homoafetivos, entre outros formatos. O objetivo é conscientizar as crianças sobre a importância de respeitar essas diferenças e acolher todas as famílias, independentemente de sua estrutura ou configuração.

No entanto, o vereador editou um vídeo com apenas uma parte do espetáculo – a que fala sobre famílias homoafetivas – e soltou uma postagem repudiando a apresentação, atribuindo a responsabilidade à Secretaria Municipal de Educação de Araguaína. Sites e redes sociais disseminaram o material sem antes procurar conhecer o contexto e as fontes, gerando confusão e insegurança na população, tática usada de antemão pelo político em questão.

É importante destacar que os professores são os profissionais que conhecem de perto o sofrimento de algumas crianças de famílias "diferentes" e os dramas familiares vividos pelo preconceito que atinge milhares de famílias "diferentes" do formato considerado "normal" pelo vereador Marcos Duarte. Eles são os primeiros a lidar com questionamentos e comentários preconceituosos em sala de aula, e sabem da importância de ensinar a tolerância e o respeito à diversidade desde cedo.

É triste ver um político usando a igreja evangélica como "massa de manobra" e "curral eleitoral", manipulando os fiéis apenas com intenções políticas e desejo feroz de poder e projeção pessoal. O respeito à diversidade é fundamental para construir uma sociedade mais justa e igualitária, e é preciso apoiar entidades que defendem os direitos de todos os cidadãos, como a ADIARA, o Ministério Público e a Defensoria Pública. O vereador Marcos Duarte deve ser responsabilizado na Justiça por seus crimes de homofobia e discriminação social.

Por fim, é importante destacar que a iniciativa da Prefeitura e da Secretaria de Educação de Araguaína em promover a peça teatral sobre a diversidade humana merece nosso apoio e aplausos. Através de ações como essa, é possível coibir o bullying e construir uma sociedade mais diversa e respeitosa, onde as diferenças são valorizadas e celebradas”.

Atenciosamente, Edu Alves | Membro da Associação da Diversidade de Araguaína - ADIARA

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