Acolhimento

Casa Ana Caroline já atendeu mais de 860 crianças em 13 anos de história em Araguaína

Em 2018, a casa ganhou nova estrutura, com espaço amplo e separada por alas.

Por Redação
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26/05/2021 11h50 - Atualizado há 2 anos
Mais da metade dos 608 casos acolhidos na casa foram reintegrados a suas famílias, cerca de 67,71%

A Casa de Acolhimento Ana Caroline Tenório comemora 13 anos nesta quarta-feira (26) com balanço positivo dos serviços realizados por duas unidades que acolhem meninos e meninas em vulnerabilidade de até 18 anos em Araguaína. A casa foi fundada em 2008 e já atendeu 866 crianças e 600 famílias.

As unidades, Casa Ana Caroline Tenório e Casa Lar, prestam serviços de alta complexidade com mais de 608 reintegrações familiares. Os acolhimentos com menos de um mês durante 2008 a 2020 correspondem a 46,72% do número de casos.

Foram 139 passagens rápidas de crianças nas casas, em que não houve processo judicial aberto. As adoções representam 8,85% dos casos, com 77 realizadas até o momento.
 
Além da esfera pública

A coordenadora de acolhimento Giliana Zeferino, que é responsável pelas duas casas, informa que o trabalho prestado vai muito além da esfera pública. “Não é só incumbência pública, trata-se de um problema da sociedade, o acolhimento é necessário na sociedade de hoje, pois é um trabalho de alta complexidade. Não queríamos ter acolhidos, porém, isso significa que a política social está sendo realizada”, disse.
 
Sentindo-se em casa

Acolhendo 34 crianças atualmente na Casa Ana Caroline Tenório e Casa Lar, o trabalho pedagógico e de inserção social também é assegurado pela equipe de trabalho.

A pedagoga, Geane Martins Carneiro declarou que sente gratidão pelo trabalho que realiza junto aos acolhidos. “Tenho gratidão, pois envolve muito o emocional, é muito amor, focamos o bem-estar de todos para que se sintam em casa e não sintam muito ausência de seus lares”, afirmou.

A assistente social Edilene Pereira da Silva disse que a equipe realiza visita às famílias antes de abrir o processo judicial para encaminhar atendimentos. “Após as visitas, temos o perfil do acolhido que será atendido na casa, e assim, encaminhamos para cursos de capacitação, tirar documentos para inserção nos benefícios sociais e ainda participam de rodas de conversas, recreações e momentos culturais”, declarou.

A adolescente J.S.S., de 15 anos, fala do atendimento destacando o trabalho humano entre os envolvidos. “Aqui as pessoas são bem acolhedoras e ajudam muito a todos nós, são todos envolvidos e isso ajuda muito a gente”, disse.

Avanços nos últimos anos

A Casa de Acolhimento Ana Caroline Tenório tem como principal objetivo acolher crianças e adolescentes de 0 a 18 anos incompletos, sem distinção de sexo, cor ou necessidades especiais, os quais por algum motivo se encontram em situação de risco e vulnerabilidade social e precisam ter seus direitos assegurados ECA (Estatuto da Criança e Adolescente).

Em 2018, a casa ganhou nova estrutura, com espaço amplo e separada por alas. De acordo com a diretora de Proteção Social Especial, Jocélia Alves da Silva, o trabalho é realizado em rede com articulações funcionando em todas as esferas governamentais: federal, estadual e municipal, assim como todos os setores dos serviços públicos: educação, saúde, lazer, esporte, cultura, moradia, geração de renda, inserção no mercado de trabalho, convivência familiar, social e comunitária.

A casa em números

886 acolhidos;
600 famílias atendidas;
157 grupos de irmãos acolhidos;
608 reintegrações familiares (67,71% dos casos);
139 passagens rápidas, ou seja, os casos não foram judicializados;
77 adoções (8,85% dos casos);
Acolhimentos com menos de 1 mês representaram 46,72%.

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