O percurso era feito em meia hora, mas agora demora mais de 3 horas.
Uma ponte de madeira que está com a estrutura danificada na zona rural do município de Couto Magalhães (TO) tem prejudicado o transporte escolar dos alunos do Assentamento Vila do Paraíso. O problema já dura mais de 70 dias sem nenhuma providência.
Por causa do perigo que a ponte representa, o ônibus escolar tem feito uma rota alternativa que aumenta bastante o percurso da viagem. A ponte é de madeira e foi jogado cascalho por cima. As duas laterais estão danificadas.
Os pais estão preocupados, pois os filhos agora estão saindo mais cedo de casa e retornando mais tarde por causa do longo trajeto.
"Eu tenho três filhos que vão para a escola. Sem essa ponte, o trajeto tá sendo muito maior. Eles almoçam e saem às 9h da manhã daqui de casa para ir pro ponto pegar o ônibus. Chega na escola meio-dia e vai merendar às 15h. Como o aluno aprende alguma coisa, com fome? Adulto já é difícil, imagine as crianças. Ao invés de estudar, estão pensando em comer e as vezes chegam aqui em casa às 20h. Minha preocupação é com meus filhos (sic)", disse o assentado Gilberto Cardoso.
O morador explicou que se a ponte estivesse em boas condições, o ônibus faria o percurso até a escola em apenas meia hora. "Nós somos os últimos da rota, daqui de casa para a escola é 25 quilômetros. De carro gastaria no máximo meia hora, mas essa nova rota é aproximadamente 60 km, gastando mais de 3h. É um absurdo, e a administração não está nem aí pra nada", desabafou.
A reportagem aguarda um posicionamento da Prefeitura de Couto Magalhães sobre a denúncia. O prefeito da cidade é Júlio César (DEM).
VÍDEO DA PONTE