A prefeita criticou duramente a proposta de redução salarial em 50%.
A prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) e o vereador Milton Néris, que é pré-candidato ao Paço Municipal, voltaram a protagonizar um bate-boca nas redes sociais nesta quinta-feira (2).
No twitter, a prefeita chamou o parlamentar de hipócrita por apresentar um projeto de lei que prevê a redução de 50% dos salários do Chefe do Executivo, secretários e dos próprios vereadores, enquanto durar a situação de calamidade pública por causa do coronavírus (covid-19).
"Certo pré-candidato saiu das 'férias na floresta', de onde confortavelmente bate na gestão. Agora propõe baixar os salários de todos os servidores para fazer graça. Será que é justo com os médicos e outros importantes profissionais que estão na linha de frente da crise? Hipocrisia!", disparou a prefeita.
O subsídio atual da prefeita de Palmas é de R$ 24.056,15 - de acordo com o Portal da Transparência. O projeto de lei afirma expressamente que os servidores efetivos não sofrerão alterações nos seus salários.
RESPOSTA DO VEREADOR
"Hipocrisia é com semanas de crise, com nosso povo na rua passando fome, até o momento não haver uma ordem de compra de cestas básicas. E ainda dar uma entrevista falando de Delivery e FoodTruck... Por favor prefeita, a senhora disse que era a prefeita de todos os palmenses", retrucou o vereador.
TRÉPLICA
O bate-boca não parou por aí. Cinthia afirmou que a medida é ilegal e oportunista.
"Nem os vereadores podem mexer em seus proventos. Sem contar o vício de iniciativa do projeto. Não podemos induzir a população ao erro com proposta recheada de oportunismo", disse a prefeita na sequência.
EMENDA CONSTITUCIONAL
Ao que parece, a prefeita refere-se à Emenda Constitucional 41/2003, segundo a qual o subsídio dos servidores não pode ser superior ao do Chefe do Poder Executivo.
Ao AF Notícias, Milton Néris reforçou que os médicos e profissionais da saúde não serão afetados com a redução salarial. Confira a tabela de valores disponibilizada pelo pré-candidato.
Questionado sobre a constitucionalidade do projeto, o vereador disse que Cinthia está usando os servidores efetivos como "para-choque", a fim de não abrir mão de uma parte do subsídio.