Debate na TV

Em debate morno e sem propostas, candidatos 'favoritos' fogem do confronto direto

Por Agnaldo Araujo
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01/06/2018 10h27 - Atualizado há 5 anos
Nielcem Fernandes//AF Notícias  Seis dos sete candidatos que disputam a eleição suplementar para o cargo de governador do Tocantins participaram do debate realizado pela TV Anhanguera na noite dessa quinta-feira (31), em Palmas. A única ausência foi do governador interino Mauro Carlesse (PHS). Ele se desculpou com os telespectadores e alegou choque na agenda de campanha. Na mesma noite, o candidato a governador pelo PHS participou de um comício em Araguaína e depois em Taquaralto. Diferente dos outros debates promovidos pela emissora em eleições anteriores, os eleitores não compareceram para aplaudir seus respectivos candidatos. O que se viu foi um debate morno, sem propostas efetivas e inovadoras por parte dos principais postulantes ao cargo de governador. Os candidatos considerados favoritos, que lideram as pesquisas de intenção de voto, evitaram o enfrentamento e quase não se questionaram. Com isso, os candidatos de menor expressão nas pesquisas ganharam espaço e lideraram o debate. Considerações Ao final, quatro dos seis candidatos presentes falaram com exclusividade ao AF Notícias sobre suas impressões a cerca do que foi apresentado. A candidata do PDT, a senadora Kátia Abreu, considerou válida e positiva a oportunidade, porém se queixou do curto tempo concedido aos participantes para apresentarem suas propostas. “Achei o tempo muito curto para falar de plano de governo e discutir sobre temas tão profundos. Nas entrevistas eu gostei mais porque tem mais tempo para aprofundar”, disse. Questionada sobre a estratégia dos candidatos de evitarem o confronto, a senadora esclareceu sua posição. “O meu desejo não é brigar, ficar acusando. Acho que aqui estão todas as candidaturas registradas e é melhor falar de proposta, vamos falar do Tocantins, do que as pessoas precisam. Valeu a pena, eu gostei de ter vindo e viria mesmo que fosse por um segundo em respeito ao povo do Estado, mas me senti um pouco falha no sentido de explicar esse projeto que venho construindo há um ano”, ressaltou. Márlon Reis, do partido Rede Sustentabilidade, disse que saiu satisfeito e animado com a oportunidade de mostrar o seu perfil. “Saio muito satisfeito pelo fato de ter mostrado a singularidade do nosso projeto, totalmente diferente dos outros, a maioria dos quais, inclusive, tem engajamento forte no tipo de política que deixou o Tocantins tão mau. Nunca participei disso e nunca participaria, estou aqui para mostrar a diferença e saímos daqui mais animados ainda para as eleições do dia 3 de junho”, afirmou. O candidato do PR, Vicentinho Alves, afirmou que o debate foi positivo, mas ele também reclamou do curto espaço que teve. “Todo debate é sempre positivo. Tive pouco espaço, parecia uma orquestra de isolamento. uns para agredir, os demais para isolar”, declarou. Sobre a estratégia adotada de ter dirigido as suas perguntas apenas ao candidato do PRTB, Marcos Sousa, o senador explicou os motivos e foi incisivo ao alegar que mais uma vez o Tocantins terá uma eleição sob a sombra da insegurança jurídica. "Dirigi minhas perguntas apenas ao candidato Marcos, porque só existem dois candidatos que não foram alvos de qualquer tipo de impugnação: a nossa candidatura e a candidatura do Marcos. As demais que se dizem regularizadas estão enganando os eleitores porque o Ministério Público Federal irá recorrer junto ao Supremo Tribunal Federal, pois as candidaturas estão sob judicie, deixando essa insegurança jurídica em mais um processo eleitoral", Argumentou. Para Mário Lúcio Avelar, do Psol, o debate serviu de suporte para levar a mensagem do partido à população e mostrar os objetivos da candidatura. "Nós precisamos mostrar à população que manter esses políticos que aí estão não vai melhorar suas vidas. O Estado precisa recuperar sua capacidade de investimento e trabalhar para a maioria da população. Se o estado não combater a corrupção e equilibrar suas contas, isso não será possível", pontuou. Mário Lúcio também afirmou que o eleitor precisa escolher o candidato certo para o Tocantins melhorar. "É preciso que façamos com que os recursos públicos sejam bem aplicados. A população do Tocantins precisa fazer o seu papel. Votar bem, escolher bem o seu candidato, pois precisamos de fato, renovar a política do nosso estado para que tenhamos melhor estrutura”, finalizou.

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