Araguaína

Empresário conta histórias curiosas sobre a Praça das Nações e explica origem do termo 'jacuba'

Segunda reportagem da série comemorativa pelo 61° aniversário da cidade traz o relato do poeta e empresário Antônio Santos.

Por Redação 2.302
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25/10/2019 14h37 - Atualizado há 4 anos
Praça das Nações

“Vejo com muita alegria o progresso de Araguaína através da luta do povo, da coragem de trabalhar”. É assim que o poeta e empresário Antônio Santos, conhecido como Zequinha Decolores, fala da mudança do cenário no entorno da Praça das Nações, como personagem da série Isso é Araguaína, em comemoração aos 61 anos da cidade.
 
Nascido em Babaçulândia, Zequinha veio para Araguaína ainda criança, em 1961. Aqui cresceu e trabalhou em diversos setores até resolver empreender no segmento de papelaria. “Fui engraxate, vendedor de pães e picolés, alfaiate, ajudante de pedreiro, oleiro e por fim, comerciante”, contou. Foi aqui também que se casou com dona Benedita Francisca, com quem tem cinco filhos.
 
Zequinha é testemunha do processo de desenvolvimento da cidade. “Antes, o comércio forte era em Babaçulândia e Carolina (MA) e é dessa movimentação que surgiu o nome da Jacuba, por exemplo. Certa vez, tropeiros seguiam com um carregamento de farinha e um dos animais de carga caiu do mata-burro que havia sobre o córrego, molhando toda a farinha. Jacuba é o nome que se dá a uma papa de farinha”, relatou.
 
Praça das Nações

Quando abriu a papelaria, em 1983, no cruzamento das ruas Vereador Falcão Coelho e Santa Cruz, Zequinha conta que Araguaína já tinha economia forte, sendo a 3ª cidade economicamente mais importante do Goiás. “Só perdíamos para Goiânia e Anápolis. Quando ia aos grandes centros para fazer compras e falava que era daqui, já recebia uma atenção especial. Havia uma expectativa de que a cidade seria a capital do novo Estado”, afirmou.
 
Próximo à Igreja Matriz estavam concentrados parte do comércio e também os eventos culturais da cidade. “O festejo do padroeiro era um dos eventos mais importantes da época. Havia muitas barracas de comidas típicas e uma festa animada”, contou.
 
Movimentação cultural

Entre as décadas de 1970 e 1980, o entorno da Praça das Nações era o centro cultural da cidade. “Havia um cinema e uma boate, que durante a semana funcionava como sorveteria. Mais acima havia o Clube do João Bagaço, que chegou a receber shows de artistas de renome nacional, como Silvinha e Eduardo Araújo, estrelas da Jovem Guarda”, relembrou. 
 
Depois vieram mais boates, como a Quilombo, a Baiúca e a Chaparral. Foi aqui na praça também o primeiro ponto de táxi da cidade. Era um jipe azul, do Lourival”, completou. A cidade se expandiu e as boates foram dando espaço a outros tipos de comércio.
 
Centro revitalizado

Em junho de 2016, a Prefeitura de Araguaína concluiu as obras de revitalização da Praça das Nações, bem como o recapeamento das ruas de seu entorno. Com investimentos de cerca de R$ 1,2 milhão, oriundos do Governo Federal via Ministério das Cidades e contrapartida do Município. Os comerciantes de automóveis, que antes lotavam o local, foram remanejados para a Praça do Automóvel.
 
Na revitalização, a praça ganhou novos bancos, jardins, playground, quiosques e fonte luminosa, tudo para voltar a ser um espaço agradável de lazer das famílias araguainenses.

Zequinha lembra com saudade do passado, mas comemora o desenvolvimento da região. “O progresso veio como resultado do trabalho de um povo simples e batalhador, que acreditou e fez Araguaína crescer”, afirmou.

(Mara Santos)

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Antônio Santos

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