Araguaína faz 62 anos de emancipação política neste sábado, 14.
O batuque feito pela fanfarra da Escola de Artes de Araguaína (Reciclarte) é em gabinetes de computador, caixotes de plástico e tubos em PEAD. As vestes são feitas de papelão, retalhos da produção de fraldas, caixas de leite, teclas, entre outros itens que iriam para o lixo, mas, nas mãos de alunos e professores, viram material para inovação. Tudo isso foi apresentado durante um show de música e dança, nessa sexta-feira (13), em comemoração aos 62 anos de Araguaína, celebrado neste sábado (14).
A apresentação contou com participação de 21 alunos e cinco instrutores, entre grupos de percussão, sopro, cordas e bailarinas. Juntos, eles tocaram sucessos como ‘The Final Countdown’, ‘Lago do Cisne’ e ‘Descansarei’, também uma composição própria: ‘Casulo’, e ainda o Hino de Araguaína.
Para a violinista Raycca Brito, de 13 anos, estar no palco é a realização de um sonho. “Eu me apaixonei pelo violino assistindo uma série chinesa, soube na mesma hora que era aquilo que eu queria”, contou.
Mais do que um instrumento, a mãe Marlene entende que o violino é um objetivo para filha. “A Raycca se tornou uma menina menos ansiosa e foi esse treinamento de controle ensinado que ajudou”, explicou.
Esse sentimento de esforço também é reconhecido por Marcelia Costa, mãe da bailaria Gabriela, de 11 anos. “Faça sol ou faça chuva, ela quer ir para a aula. Isso já faz três anos e eu, como mãe, só tenho o dever de trazer ela para encorar o sonho”, afirmou.
A Escola
A Reciclarte de Araguaína conta com salas para o desenvolvimento das atividades administrativas e pedagógicas, oferecendo instrumentos, equipamentos e materiais didáticos.
O prédio conta ainda com um galpão, oficina de produção, banheiros, área de lazer, jardim e cozinha. Inaugurada em 2017, a primeira escola pública de artes no Tocantins capacitou mais de 800 pessoas.
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