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Família de servidora pública que doou órgãos e emocionou o Tocantins ganha pensão por morte

A comovente história de Benedita se tornou um exemplo de altruísmo.

Por Eduardo Azevedo 1.298
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20/02/2024 08h40 - Atualizado há 4 meses
Sob comoção, colegas de trabalho prestaram última homenagem à servidora em outubro de 2023

A família da técnica de enfermagem Benedita de Nazaré Ribeiro Ferreira, de 48 anos, que era servidora da Prefeitura de Palmas e também atuava no Hospital Geral de Palmas (HGP), receberá pensão por morte paga pelo fundo de previdência da capital.

A história de Benedita emocionou o Tocantins em outubro do ano passado e se tornou um exemplo de altruísmo, quando a família autorizou a doação dos órgãos da servidora, salvando, assim, a vida de pelo menos cinco pacientes que aguardavam na fila por um transplante.

De acordo com a publicação feita no Diário Oficial do Município (DOM) de Palmas desta segunda-feira (19/02) a filha de Benedita receberá pensão temporária até a maior idade e o viúvo, de forma vitalícia. "O benefício foi rateado em partes iguais entre os dependentes habilitados, devendo ser revertida proporcionalmente em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar", diz a decisão. 

A decisão é assinada pelo Presidente do PreviPalmas, Rodrigo Alexandre Gomes de Oliveira.

A pensão por morte do servidor público é um benefício previdenciário destinado aos dependentes do servidor ou servidora que tenha falecido.

Captação

A ação de captação dos órgãos é realizada pelo trabalho conjunto da equipe da Central Estadual de Transplante do Tocantins (Cetto); da Organização de Procura de Órgãos (OPO) do HGP; da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott); e do Banco de Olhos Público do Tocantins (Boto).

"Atuamos na viabilização de todo o processo da realização do protocolo de morte encefálica e, se confirmado, oferecer o direito às famílias de optarem pela doação dos órgãos, dar suporte durante o processo de doação e captação dos órgãos. Esta captação teve um significado maior para a gente, pois se trata de uma colega de profissão, que teve como último desejo, trazer vida e esperança para outras cinco famílias”, explicou o enfermeiro da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott), do HGP, Vinicius Gonçalves Boaventura.

Como doar

Para que ocorra a doação, é necessário que a família tenha conhecimento do desejo de ser doador, uma vez que parte dela a autorização para captação dos órgãos. A autorização deve ser concomitante ao quadro de morte encefálica, quando ocorre uma perda definitiva das funções do cérebro e, por isso, a recuperação não é possível. Neste tipo de quadro, os órgãos permanecem ativos por um curto período de tempo, o que permite então a captação para que sejam remetidos aos receptores.

(Com informações da SES-TO)

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