Passou da hora de nascer

Família denuncia negligência médica no Hospital Dom Orione após bebê morrer na barriga da mãe

Por Agnaldo Araujo
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19/04/2017 13h17 - Atualizado há 6 anos
Márcia Costa//AF Notícias Após 40 semanas de uma gestação saudável e sem problemas aparentes, a pequena Laura deveria ter nascido na última sexta-feira (14) no Hospital e Maternidade Dom Orione, em Araguaína. Contudo, a família relata que a criança passou da hora de nascer e morreu ainda na barriga, possivelmente por negligência de uma médica da unidade, cujo nome não foi revelado. A senhora Neide Maria, avó de Laura, relatou que sua nora esteve na maternidade, na sexta-feira (14), sentindo fortes dores e contrações. Segundo o relato, a médica que a atendeu pediu a um estagiário que fizesse o "toque" a fim de verificar se haviam sinais de dilatação. Após o exame, o estagiário teria informado que a gestante já estava com dilatação, porém, a médica refez o toque e disse que não. Diante disso, mandou a gestante ir para sua casa e voltar somente na segunda-feira (17).
"A minha nora chegou ao hospital com dores e já estava na semana do bebê nascer, mas ouviu da médica para voltar outro dia. Ela retornou para casa sentindo muita dor e logo no sábado as dores ficaram mais fortes", disse a avó.
Neide Maria afirmou que na manhã de sábado a bebê ainda se mexia na barriga da mãe. "No sábado de manhã a Laura ainda estava mexendo, mas a tarde a dor aumentou e levamos minha nora para a maternidade, quando resolveram fazer a ultrassom que devia ter sido feita no dia anterior, descobriram que a bebê já estava morta. Tudo culpa dessa falta de amor, porque minha netinha estava pronta para nascer, morreu porque passou da hora, porque fizeram pouco caso com a gente", desabafou a avó. A avó da pequena Laura ressaltou que a médica não fez nenhuma ultrassom para verificar a situação do bebê. “Se tivesse feito um ultrassom, um exame detalhado para ver como estava a Laura isso não teria acontecido. Toda mulher que chega na maternidade merece atenção. Dói muito na gente, essa criança era muito desejada agora só ficou o vazio e precisamos de justiça. Médico é para salvar vidas", finalizou Neide Maria. O outro lado A reportagem já enviou solicitação de esclarecimentos ao Hospital Dom Orione, ainda no início da manhã, mas até agora não obteve resposta.

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