Com tornozeleira

Fiscal que teria liberado carne com tuberculose paga fiança e vai para prisão domiciliar

Por Redação AF
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18/09/2017 10h25 - Atualizado há 5 anos

O auditor fiscal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Dagoberto Machado Prata, preso durante a Operação Vegas da Polícia Federal vai ficar em prisão domiciliar. Ele estava no Presídio Barra da Grota, em Araguaína, desde o dia 30 de agosto, quando foi detido. Dagoberto é suspeito de receber propinas para ignorar irregularidades em frigoríficos do Tocantins.

A decisão é do juiz federal João Paulo Abe. A Justiça determinou que ele pague uma fiança de 54 salários mínimos, equivalente a mais de R$ 50 mil e que entregue o passaporte. Ele vai ser monitorado por tornozeleira eletrônica.

Entre as acusações está a de que o auditor fiscal teria liberado carcaças com sintomas de tuberculose animal, recebido propina e trabalhado para influenciar colegas a não autuarem algumas empresas que atuam em Araguaína.

A defesa de Dagoberto Machado Prata disse que vai provar a inocência dele.

Gravações

Áudios obtidos pela TV Anhanguera mostram que Dagoberto Machado Prata, auditor fiscal do Ministério de Agricultura no Tocantins, se orgulhava de não ter autuado nenhuma empresa nos 22 anos de serviço na área. Ele recebe um salário de mais de R$ 20 mil do ministério para fiscalizar frigoríficos e outros estabelecimentos e está sendo investigado por suspeita de receber propina para ignorar irregularidades.

Na conversa, Dagoberto tentava convencer outra auditora a não suspender as atividades do frigorífico Boi Forte, onde ela detectou problemas. De acordo com a Polícia Federal, quando fiscalizou a unidade o auditor teria liberado até carnes com suspeita de tuberculose animal para que fossem vendidas pela empresa.

Operação Vegas

O fiscal do Ministério da Agricultura no Tocantins, Dagoberto Machado Prata, é apontado pela Polícia Federal como responsável por liberar alimentos contaminados e carne bovina com tuberculose em troca de propina. A informação está na decisão do juiz federal João Paulo Abe que autorizou a Operação Vegas, deflagrada na manhã do dia 30 de agosto, no Tocantins e em outros dois estados.

De acordo com a investigação, Dagoberto teria recebido propina mensal no valor de R$ 50 mil e ainda R$ 5 mil de auxílio combustível do frigorífico Boi Forte (LKJ) para liberar carcaças de animais contaminados. O fiscal foi afastado das funções e teve a prisão preventiva decretada.

A Vegas é um reflexo da Operação Lucas, deflagrada em maio deste ano, em quatro estados e no Distrito Federal. As investigações apontam que o esquema criminoso – que teria a participação da ex-superintendente substituta do Ministério da Agricultura no Tocantins Adriana Carla Feitosa – movimentou cerca de R$ 3 milhões entre 2010 e 2016.

As informações são do G1.

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